sábado, 23 de outubro de 2010

Respostas sinceras


Eu encontrei as respostas que estava procurando. Elas estavam bem na minha frente. Falando com mais clareza, elas estavam na minha cara; elas eram a minha cara; elas estavam dentro de mim: elas eram, simplesmente, Eu. Isso, não sei se mais me conforta ou me assusta, pois percebi que o problema era eu. Tentei, por mais de um mês, encontrar alguém em quem pôr a culpa que, agora, fico envergonhado, pois o responsável por tudo sou eu. Atentem para mim: vocês estão diante da pessoa mais egoísta do mundo. Não sei como pude não enxergar isso antes, precisei que alguém me sacudisse pelos ombros para perceber o quão imbecíl eu fui. Eu sempre fiz o discurso de que o mundo não gira em torno do nosso umbigo, mas não foi assim que me comportei. Priorizei os meus problemas como se eles fossem os maiores do mundo; exigi atenção total da pessoa que estava ao meu lado, enquanto que fechava os olhos para aquilo que ela sentia. E o pior: eu jurava que estava sempre ao seu lado e que lhe dava toda a atenção que merecia.
Sinto-me a pessoa mais perdida do mundo. Como tanto egoísmo pôde caber dentro de mim? Eu não tive a intenção, juro, mas aconteceu. Deixei que meus problemas, meu cansaço com o trabalho me cegasse, praticamente, e eu perdesse a pessoa mais incrível que eu já conheci. A culpa não foi 100% minha, não posso negar, mas foi por minha negligência que as coisas tomaram o rumo que tomaram.
Sempre disse que se, por ventura, eu fizesse algo de errado e, mais tarde, percebesse, voltaria atrás e tentaria minimizar o erro. E cá estou eu. Na verdade, eu sou covarde, pois não tenho coragem de dizer isso a você, cara a cara, talvez nunca tenha, mas sinto muito pela minha falta de sensibilidade; desculpe-me por não ter percebido que Você também precisava de mim, não apenas eu de Você. Agora é tarde, pode ser tarde, e é bem provável que Você nunca leia isso, já que acredito que queira me esquecer, se é que já não conseguiu. Estou sendo a pessoa mais ridícula do mundo, eu tenho consciência, mas eu não me importo. O que eu não quero é daqui 50 anos me arrepender por não ter feito absolutamente nada pra tentar me redimir. Sei que isso é pouco, perto de tudo que deixamos de viver, mas é alguma coisa. Estou ciente de que Você possa nunca ter me amado e estar com asua real alma gêmea neste momento, mas, sinceramente, por mais que eu me esforce, eu não consigo acreditar que o eterno já tenha acabado.
Sinto como se eu gritasse em meio ao deserto, em que os únicos que me ouvem são camelos perdidos, sem rumo, que me olham com estranheza e seguem seu caminho em direção ao desconheido.
Pelo menos, encontrei as respostas. Agora, a pergunta é outra: o que fazer com elas?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

kinguio


Hoje, eu me apaixonei... Foi a criatura mais fofa que tentou chamar minha atenção. Eu me aproximei dele por curiosidade, mas quando caí em mim, estava de quatro e babando, apeixonado, olhando pra ele, que estava dentro do aquário.

Nunca tinha imaginado seriamente ter um animal de estimação, quem dirá um peixe, que de vez em quando precisa trocar a água da sua casa. Não era pra mim... até eu conhecer o lindo Kinguio. Essa deveria ser a espécie dele. Ele era um peixinho laranja, parecia que estava envolvido em uma seda, que se alongava em uma belíssima cauda, da mesma cor.

É provável que um psiquiatra me receitasse passar uns tempos em uma clínica, espairecendo, mas juro: foi amor, amizade à primeira vista. Precisava ver ele se exibindo, parecia que queria chamar a atenção mesmo. Eu podia ouvir ele dizendo: "Ei, me leve pra casa, eu quero ser seu amigo". Em questão de minutos, nem 1o, éramos unha e carne! Ele fazia palhaçadas, aspirava com a boca pedrinhas para, logo depois, cuspí-las novamente. Eu me senti com 8 anos de idade, diante de uma maravilha jamais por mim vista antes. Era deslumbrante, simplesmente! Eu adorei me sentir ridículo diante daquele serzinho aquático tão frágil! Senti que ele ocuparia uma parte de meu coração, que seria o mais novo inquilino eterno do meu coração. Juro, ele sorriu pra mim!
Horas mais tarde, retornei ao mesmo local e não mais o encontrei. Entrei na loja, e o atendente me falou que ele havia vendido não fazia muito tempo. Na hora, foi um banho de água fria, me senti um peixe fora da água, literalmente. Senti até vontade de chorar. Quis perguntar se a loja não tinha segurado o número de telefone de quem levou meu pequeno filhote pra casa, mas não o fiz. O mais curioso é que todos, mas todos os outros peixes mesmo, pareciam insensíveis e frios, só queriam se exibir. Não gostei muuito de nenhum deles.

Kinguio deve estar bem. Ele foi meu primeiro filhotinho... meu bebê pequenininho! Apesar de parecer retardado, débil mental ou coisa parecida, eu estava conversando com meu amiguinho, que tem um cantinho no oceâno do meu coração. Kinguio me mostrou que o amor só faz bem, mesmo que a gente sofra um pouquinho.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sensíveis incompreensões


Sabe quando alguém te pega pelos ombros e te dá uma sacudida daquelas, e diz, Ei, acorda pra vida! Há tanta coisa a sua volta e você se prendendo ao passado!? Pois é assim que estou me sentindo. Fiquei vermelho de tanta vergonha que senti. E quem foi essa pessoa que me deu esse Alô? Martha Medeiros. A própria. Não, ela não está aqui em casa, sequer me conhece. Foi através de um texto dela, que acabo de reler.


"É irritante não entender o final de um filme, e mais ainda o final de um amor", ela diz. E ela está coberta de razão. Só que, quase sempre, queremos entender tudo, queremos a resposta pra todas as perguntas, queremos entender o comportamento das pessoas que nos rodeiam, precisamos compreender o motivo pelo qual as coisas acontecem. Passamos tempo demais focados nessas questões que, muitas vezes, esquecemos de viver. Cada minuto é precioso, o segundo seguinte é um mistério, mas, ainda assim, insistimos em reviver os momentos passados. É difícil entrar em nossa cabeça que o que passou, tenha sido bom ou ruim, foi bom, na verdade, porque é experiência que acumulamos. Mas, espera, pra que serve experiência?, alguém pode me perguntar. Eu digo que não sei, e admito que não saber, ainda me causa um pouco de espanto, porque eu não me conformava, ou não me conformo - por enquanto -, em não compreender as cosias por completo.


Libertemo-nos! Deixemos ir o que passou! Um amor que não deu certo, ou o emprego que se foi, ou a viagem dos sonhos. Não foi dessa vez, mas pode ser da próxima. Mas, para que seja, é necessário que estejamos abertos ao que ainda está por vir. E o que está por vir? Eu não sei...

sábado, 9 de outubro de 2010

Dia feliz


Hoje meus amigos vão a uma festa e me convidaram para ir também. Amanhã eles não trabalham, ao contrário de mim. Mas essa é só uma desculpa, porque me bateu uma vontade de ficar em casa, deprimido, agarrado ao meu travesseiro, comendo um quil0 de chocolate. Eu não tô com ânimo pra ver casais felizes. Não que eu faça apologia à destruição de lares, mas todo mundo têm sua alma-gêmea, sua cara-metade, só eu que não tenho porra nenhuma. Tô pensando em colocar anúncio no jornal, tipo: Loiro, 1,72, 68kg, proc. cia para ir ao cinema. Pago a entrada e o combo. Porque até ao cinema as pessoas vão em dupla, menos eu! Dia desses fui com um amigo, pra não me sentir sozinho e, adivinha?? Tivemos de sentar em fileiras separadas porque não tinha mais poltronas juntas! Eu não tô afim, também, de conhecer alguém legal. De fdp. na minha vida já chega! Até as cadeiras da minha casa estou trocando por banquinhos, porque cansei de encosto. Imagina, uma tralha pra me incomodar? Eu, hein...


Estava lendo o blog psicótico, há pouco, e a autora dizia que "Queria ser uma pessoa melhor, mas isso implica numa mudança de padrão". Acho que eu concordo com ela. A gente bem que tenta ser bonzinho, dar uma mãozinha aos outros e, no final, mandam a gente sifu. Uma vez, tudo bem, mas todas, não há bondade que resista. Não que eu sejá uma pessoa de má-fé, eu só não posso agradar a todos.


Carpe Diem: Não sejamos egoístas! Pensemos mais em nós mesmos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Plantão


Domingo. Hoje, toda a família foi à zona, e ninguém falou nada. Pelo contrário, quem não foi ao antro teve que justificar o fato de não ter ido. No país inteiro foi assim. Mas, como os antenados já devem ter se ligado no trocadilho, é das zonas eleitorais, para votar e eleger quem vai comandar a zona - ops, o país -, pelos próximos 4 anos.

Esta foi a primeira vez que eu votei em Florianópolis, e eu sequer sabia onde era a minha zona (eleitoral). Mas, graças ao site do TSE, encontrei o endereço da casa de perdição. Durante o percurso para chegar até meu local de votação, constatei como, infelizmente, muitas pessoas ainda não têm consciência de que não é legal jogar lixo nas ruas. Foi fácil identificar onde havia uma urna: era só reparar onde santinhos estavam espalhados por toda parte para ter a certeza de que por ali havia uma cabine. Uhm... santinhos e zonas são opostos, e os opostos se atraem. Que besteira eu falei! Deixando a putaria de lado e voltando à falta de consciência da população quanto ao lixo, usei esse fato para fazer uma importante - importante, ao menos pra mim - comparação: se essas pessoas não sabem nem separar o lixo, como elas terão discernimento para separar os candidatos e votar nos melhores? Aposto que esses seres com cérebro de capacidade limitada sequer leram as propostas dos candidatos que estavam atrás daqueles papéizinhos que elas nem se deram ao trabalho de jogar no cesto de lixo. Dia desses, num restaurante, ouvi uma frase, com a qual eu concordo plenamente. É mais ou menos assim, ó: Quem elege os políticos do Brasil não é quem lê o jornal, mas quem limpa a bunda com ele. Paulada. Bem no meio da moleira. É pro sujeito não levantar mais.

E faz todo sentido: é só abrir qualquer revista, ou jornal, pra escorrererem notícias de caixa dois, de nepotismo, de cassassões de mandatos, de fichas sujas que revertem o jogo a seu favor... Os escândalos de Paris Hilton são água com açúcar perto dos que envolvem admistradores públicos. Seria melhor ligar a TV e assistir, em um programa de fofoca qualquer, uma reportagem entitulada Marina Silva e Dilma Roussef se pegam no tapa na disputa pelo último estojo de maquiagem Catharine Hill, ou então Serra aposta uma garrafa de pinga com Plínio, afirmando que Internacional ganha a Libertadores deste ano.
Brincadeiras à parte, hoje foi um dia cansativo. Vou fatiar umas rodelas de pepino, bater um mousse de abacate e... jantar; adoro salada de pepino e mousse de abacate!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Kisses!!!

Obrigado! Isso é o que eu tenho a dizer aos meus queridos leitores! Hoje, soube da existência de mais uma pessoa que lê meu blog. É meu colega de apartamento, meu irmão, meu amigo, a pessoa que aguenta minhas crises de histeria, nas quais eu quebro todos os copos. Em vários meses desde que comecei a escrever neste blog, depois da minha mãe, minha irmã e meu primo por parte de pai, ele é a quarta pessoa que lê meu textos. Mentira, a terceira, porque minha mãe não se dá muito bem com internet, nem com computadores. Tá, ele é a segunda, eu admito, minha irmã anda meio sem tempo. Pra falar a verdade, depois de mim, ele é meu primeiro leitor, já que até esse meu meio primo é pbra da minha imaginação. Se bem que há uns meses eu obriguei uma amiga a ler uma postagem, e ela comentou comigo a respeito, então, eu tenho mais de um leitor! Sem contar no meu ex-affair, que leu a primeira publicação deste blog. Já superei a marca de 3 leitores, e o bom é que eles são de verdade. Verdade, também, é que eles nunca mais visitaram este espaço, mas, fazer o quê? Pelo menos não se deram um tiro no meio da testa, reagiram bem. Minha amiga se atirou da Hercílio Luz e meu ex-affair, não preciso nem comentar: terminou o namoro.
É isso que me dá ânimo para continuar. Portanto, meus queridos, dia 3 de outubro, votem certo, votem... Brincadeira.Beijocas sorridentes!!