segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os outros e nós mesmos

A revolta não dá em nada. Verdade, não adianta se empanturrar de chocolate que as coisas os problemas vão ficar com medo e sair correndo. No máximo você sairá rolando, de tão gorda(o) que vai ficar. Quer pagar pra ver?
A vida é feita de momentos, uma ova. E o "que seja eterno enquanto dure" é uma desculpa esfarrapada que as pessoas encontram pra colocar a culpa e fingir que está tudo bem. Porque na verdade, nada está bem, todos estão se tasgando por dentro de tanta dor. E por que não admitir que está doendo? Por que fazer de tudo pra esquecer? Será que sofre menos quem se conforma com o que os malditos dos outros esperam de nós? É sempre assim: atrás de uma fortaleza, sempre tem um idiota que faz a gente pensar que do jeito que as pessoas fazem é o melhor.
Tá, eu sei que eu falei, falei, e estou seguindo pelo mesmo caminho. É que tem um bloqueio que impede que as pessoas se entreguem verdadeiramente, que falem o que sentem de verdade. É ridículo falar do que se sente, é terrível sentir saudade, é pior ainda voltar atrás. E eu estou aprendendo a lição. À força, é bem verdade, mas fazer o quê, se todo mundo age assim? Devemos seguir o script, vestir o figurino e dançar segundo a banda, cujos maestros são os outros, e fazer cara de pessoas felizes e civilizadas, enquanto os sapatos, as calças e os vestidos nos deixam totalmente desconfortáveis. Tudo isso pra quê? Pra agradar a plateia que nos assiste, também composta pelos outros. Não importa se os outros são nossos pais, mães, irmãos, maridos, esposas, ex - alguma coisa, amigo... desconhecido.
A droga da música toca, e passamos a vida dançando um ritmo que não curtimos. Os outros, da mesma forma, num ciclo vicioso.
Quem são os outros? Sou eu, é você, somos nós.

Surpresa!

Eu já estou me acostumando. Fazer o quê, é a vida, né? Ir ao cinema sem companhia acabou por tornar-se a coisa mais comum do mundo. Nas duas últimas quintas-feiras assisti a filmes, só. Sentei na última fileira pra atrapalhar os casaisinhos que procuram um pouco mais de privacidade nos últimos lugares. Mas o cinema estava quase vazio, e, por ironia do destino ou coisa parecida, ninguém sentou por lá. Os filmes eram ótimos, valeu a falta de companhia.
Várias pessoas são mal-amadas e nem por isso desanimam. Eu sou uma delas. Cheguei à conclusão de que quando pensamos ter chegado ao fundo do poço, sempre dá pra cavar mais uns metros. No sábado, foi a revelação do amigo-secreto do meu trabalho. Eu estava na expectativa para saber quem havia me tirado, o coração aos pulos horas antes da festa, quando, de repente, chega minha colega:
- Rodrigo, telefone pra ti na recepção.
-Pra mim? Eu existo na vida de alguém! Ou... - disse eu, enquanto me dirigia à recepção, aflito, pensando inúmeras besteiras, pois ninguém me liga nem no celular, quiçá no trabalho!
-Alô?! - atendi.
-Oi, Rodrigo, aqui é a Camila! - respondeu, amável, a voz do outro lado.
- Tudo bem, Camila? - perguntei, também amavelmente, sem saber quem era Camila.
- Rodrigo, eu tô ligando pra dizer que tu é o meu amigo-secreto. Eu saí da empresa e não vou mais à festa. Mas eu passo no Bob's em meia hora... Se tu quiser passar lá pra pegar teu presente, eu levo.
Foi horrível. Senti como se um balde de água fria estivesse sendo jogado em mim. Cadê o espírito do amigo secreto? Eu queria a emoção da surpresa em saber quem tinha me tirado, a descrição das qualidades ou defeitos, todos os colegas ligando as descrições às pessoas e "chutando" nomes. O presente é apenas o arremate, a cereja do bolo.
Depois dessa, voltei ao meu posto e me perguntei o que, ainda, me restava naquela noite. Por que eu perguntei. Não deu cinco minutos que passou um senhor, queixando-se que estava com bichos-de-pé.

domingo, 28 de novembro de 2010

Um dente pra nós II

É nojento! Eu não vou conseguir. Quando eu escrevi o post anterior, o dentinho estava dentro da mochila. Só depois que eu o tirei, e me espantei mais ainda.
O que que é aquilo? Só não o joguei fora ainda por medo de ficar com peso na consciência. É o bendito do Vai que. Vai que eu me arrependa de ter posto no lixo aquela coisa gigante? Pensando bem, a ideia ultrarromântica não é muito viável. Imaginem aquela presa de mastodonte pendurada ao pescoço de alguém? Isso seria castigo, não prova de amor; já de anel não iria servir, faltaria dedo, quem sabe um sinto! Ou, melhor, um compartmento do móvel da sala todinho - to-di-nho - pra ele. É demais.
Minha irmã não guardou os dentes dela, e a ideia de pendurar no pescoço do meu unhado nem deve ter passado pela cabeça dela que, evidentemente, não é oca. Eu sou a ovelha-negra da família. Imaginem, no álbum de família, daqui algumas décadas: Estão vendo esse aqui, crianças? Esse é o titio Rodrigo, o único que guardou os dentes do siso. O único da família a guardá-los. Eu não suportaria entrar pra história da família dessa forma. Ainda se fosse como o mais desorganizado, menos apaixonante, ainda vá lá. Mas, assim, não.
Então, se possíveis pretendentes leram o post anterior, eu peço que o desconsiderem E fiquem tranquilos, na precisa correr, que eu não vou obrigar ninguem a usar um dente no pescoço. Afinal, eu sou moderno, não sou?
Vai que...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um dente pra nós


Sinto que perdi 3 quilos hoje. Não, não foi uma dieta milagrosa, apenas extrai um dos meus 4 dentes do siso. Levei um puta susto quando o dentista me mostrou ele, já em suas mãos. Como aquela coisa coube dentro da minha boca? E um mini-iceberg! A parte que ficava aparecendo era cerca de um terço do tamanho total dele. Foi terrível. Imaginem a cratera que ficou no lugar! Será que só o meu dentinho era daquele tamanho, ou é igual pra todo mundo que têm um(um, não, na verdade, quatro)? O meu espanto maior foi quando o cirurgião pediu se eu queria trazer o dente e guardá-lo de lembrança. Como assim? - eu disse - Isso é coisa pra se pensar, ninguém nunca tinha falado isso pra mim, é tudo muito novo... ora, guardar um siso é uma coisa tão, tão... é, uhm... nojenta! Quem guarda um siso? - continuei. Então, ele olhou pra mim e, meio magoado com minha resposta, revidou: Todo mundo que vêm aqui tirar o siso, leva para guardar de lembrança, não acredito que ouvi isso!? Então, eu persisti: Não levo, não levo e não levo. Isso não é normal, é como guardar o apêndice numa garrafinha, na estante na sala... Pode jogar essa cosia no lixo, depois, se eu mudar de ideia, ainda tenho mais três... Ele não se deu por convencido: Eu vou deixá-lo bem aqui, vai ver você muda de ideia! - insistiu, apontando pra uma mesinha. Tá, deixe aí, então. Mas que eu não vou levar, não vou meeeeeeeeesmo. - persisti. Isso é o que nós vamos ver! - disse ele, antes de uma risada estrondosamente cabeluda.


Ele pediu que eu relaxasse, pois ele teria de fazer uns pontos na cratera. Terminado o trabalho, pediu se foi bom pra mim, e fez o seu preço. Eu paguei e, de quebra, trouxe o dente.


Bem, a questão, agora, é o que fazer com o siso. Sabe, até que ele tem caído no meu gosto. E, além do mais, ele até é bonitinho. Pensando nisso, eu encontrei uma utilidade ultrarromântica pra ele. É assim, ó, não vão rir de mim: no dia em que eu encontrar o amor da minha vida, se ele também iver um siso guardado, a gente pode trocá-los. Mas que não me venha com um postiço, tirado da dentadura da bisavó, que não vale. A gente pode fazer um anel, chaveiro, escondê-los dentro de um pingente, sei lá. Um pedaço de mim contigo, e um teu, comigo, que tal?

Tá, mas isso é coisa pra se pensar depois. Agora, as prioridades são outras. Ainda há outros 3 sisos. E 2011 vem aí, com tudo e sorrindo.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um ano

Pra mim, há uma certa relação entre 11 de novembro com 11 de setembro. 11 de setembro ficou marcado na históiria como o dia em que o mundo parou. 11 de novembro foi o dia em que ficou marcado na minha história como o dia em que tudo começou. E que terminou também, logo em seguida. Mas não vou me prender às perdas.
Eu não dava nada por esse dia, que de especial para o mundo não tem nada. Ninguém sabe o que esse dia significa, não é aniversário da minha mãe, nem do meu pai, nem meu, nem de ninguém. É aniversário de uma data, apenas. Aos curiosos, que fique a curiosidade, porque não vou contar o que é. Apenas esse emaranhado de palavras creio ser o suficiente pra eu me sentir um pouco melhor por estar falando de algo que está dentro de mim. Eu prefiro, neste - e somente neste - caso o enigma.
Hoje, há aqui um vácuo, ocupado pelo vazio. Este espaço nulo não tem data de validade, não sei se vai ser ocupado por algum conteúdo, um dia. Só sei que, por ora, é o que há. Talvez o vazio seja, de certa forma, um conteúdo. Um conteúdo que não se sabe explicar porque veio parar nesse lugar, antes tão bem habitado.
Concordo com Martha Medeiros, a quem cito volta e meia, quando diz que "o tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada. O tempo só tira o incurável do centro das atenções". Ao mesmo tempo em que assino embaixo, tenho medo desta constatação. Entretanto, tudo continua. As pessoas crescem a cada aniversário, e este é só o primeiro. E que venham muitos outros. Afinal, eu sou a pessoa que mais gosta de aniversário que conheço. E que no ano que vem seja diferente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Blás & afins

Depois de uma longa temporada longe das telas - do computador -, cá estou eu novamente, a todo vapor. Bem, um pouco menos, que o vapor tá mais pra um leve orvalho.
Novidades? Nada. Tudo permanece igual, tirando o fato de que estou ótimo. Também não é pra tanto, mas tenho me mantido bem ocupado ultimamente. Minha veia inspiradora não está lá aquelas coisas. Também, pudera, quase duas da madrugada, não era de se esperar muita coisa, né. Milagres só em horário comercial, e com hora marcada.
Esta postagem vai ficar por aqui mesmo hoje. E eu, na cama.
Merda, dia 11 faz um ano. Não sei com que me presenteio. De repente um porre daqueles não cairia mal.

sábado, 23 de outubro de 2010

Respostas sinceras


Eu encontrei as respostas que estava procurando. Elas estavam bem na minha frente. Falando com mais clareza, elas estavam na minha cara; elas eram a minha cara; elas estavam dentro de mim: elas eram, simplesmente, Eu. Isso, não sei se mais me conforta ou me assusta, pois percebi que o problema era eu. Tentei, por mais de um mês, encontrar alguém em quem pôr a culpa que, agora, fico envergonhado, pois o responsável por tudo sou eu. Atentem para mim: vocês estão diante da pessoa mais egoísta do mundo. Não sei como pude não enxergar isso antes, precisei que alguém me sacudisse pelos ombros para perceber o quão imbecíl eu fui. Eu sempre fiz o discurso de que o mundo não gira em torno do nosso umbigo, mas não foi assim que me comportei. Priorizei os meus problemas como se eles fossem os maiores do mundo; exigi atenção total da pessoa que estava ao meu lado, enquanto que fechava os olhos para aquilo que ela sentia. E o pior: eu jurava que estava sempre ao seu lado e que lhe dava toda a atenção que merecia.
Sinto-me a pessoa mais perdida do mundo. Como tanto egoísmo pôde caber dentro de mim? Eu não tive a intenção, juro, mas aconteceu. Deixei que meus problemas, meu cansaço com o trabalho me cegasse, praticamente, e eu perdesse a pessoa mais incrível que eu já conheci. A culpa não foi 100% minha, não posso negar, mas foi por minha negligência que as coisas tomaram o rumo que tomaram.
Sempre disse que se, por ventura, eu fizesse algo de errado e, mais tarde, percebesse, voltaria atrás e tentaria minimizar o erro. E cá estou eu. Na verdade, eu sou covarde, pois não tenho coragem de dizer isso a você, cara a cara, talvez nunca tenha, mas sinto muito pela minha falta de sensibilidade; desculpe-me por não ter percebido que Você também precisava de mim, não apenas eu de Você. Agora é tarde, pode ser tarde, e é bem provável que Você nunca leia isso, já que acredito que queira me esquecer, se é que já não conseguiu. Estou sendo a pessoa mais ridícula do mundo, eu tenho consciência, mas eu não me importo. O que eu não quero é daqui 50 anos me arrepender por não ter feito absolutamente nada pra tentar me redimir. Sei que isso é pouco, perto de tudo que deixamos de viver, mas é alguma coisa. Estou ciente de que Você possa nunca ter me amado e estar com asua real alma gêmea neste momento, mas, sinceramente, por mais que eu me esforce, eu não consigo acreditar que o eterno já tenha acabado.
Sinto como se eu gritasse em meio ao deserto, em que os únicos que me ouvem são camelos perdidos, sem rumo, que me olham com estranheza e seguem seu caminho em direção ao desconheido.
Pelo menos, encontrei as respostas. Agora, a pergunta é outra: o que fazer com elas?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

kinguio


Hoje, eu me apaixonei... Foi a criatura mais fofa que tentou chamar minha atenção. Eu me aproximei dele por curiosidade, mas quando caí em mim, estava de quatro e babando, apeixonado, olhando pra ele, que estava dentro do aquário.

Nunca tinha imaginado seriamente ter um animal de estimação, quem dirá um peixe, que de vez em quando precisa trocar a água da sua casa. Não era pra mim... até eu conhecer o lindo Kinguio. Essa deveria ser a espécie dele. Ele era um peixinho laranja, parecia que estava envolvido em uma seda, que se alongava em uma belíssima cauda, da mesma cor.

É provável que um psiquiatra me receitasse passar uns tempos em uma clínica, espairecendo, mas juro: foi amor, amizade à primeira vista. Precisava ver ele se exibindo, parecia que queria chamar a atenção mesmo. Eu podia ouvir ele dizendo: "Ei, me leve pra casa, eu quero ser seu amigo". Em questão de minutos, nem 1o, éramos unha e carne! Ele fazia palhaçadas, aspirava com a boca pedrinhas para, logo depois, cuspí-las novamente. Eu me senti com 8 anos de idade, diante de uma maravilha jamais por mim vista antes. Era deslumbrante, simplesmente! Eu adorei me sentir ridículo diante daquele serzinho aquático tão frágil! Senti que ele ocuparia uma parte de meu coração, que seria o mais novo inquilino eterno do meu coração. Juro, ele sorriu pra mim!
Horas mais tarde, retornei ao mesmo local e não mais o encontrei. Entrei na loja, e o atendente me falou que ele havia vendido não fazia muito tempo. Na hora, foi um banho de água fria, me senti um peixe fora da água, literalmente. Senti até vontade de chorar. Quis perguntar se a loja não tinha segurado o número de telefone de quem levou meu pequeno filhote pra casa, mas não o fiz. O mais curioso é que todos, mas todos os outros peixes mesmo, pareciam insensíveis e frios, só queriam se exibir. Não gostei muuito de nenhum deles.

Kinguio deve estar bem. Ele foi meu primeiro filhotinho... meu bebê pequenininho! Apesar de parecer retardado, débil mental ou coisa parecida, eu estava conversando com meu amiguinho, que tem um cantinho no oceâno do meu coração. Kinguio me mostrou que o amor só faz bem, mesmo que a gente sofra um pouquinho.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sensíveis incompreensões


Sabe quando alguém te pega pelos ombros e te dá uma sacudida daquelas, e diz, Ei, acorda pra vida! Há tanta coisa a sua volta e você se prendendo ao passado!? Pois é assim que estou me sentindo. Fiquei vermelho de tanta vergonha que senti. E quem foi essa pessoa que me deu esse Alô? Martha Medeiros. A própria. Não, ela não está aqui em casa, sequer me conhece. Foi através de um texto dela, que acabo de reler.


"É irritante não entender o final de um filme, e mais ainda o final de um amor", ela diz. E ela está coberta de razão. Só que, quase sempre, queremos entender tudo, queremos a resposta pra todas as perguntas, queremos entender o comportamento das pessoas que nos rodeiam, precisamos compreender o motivo pelo qual as coisas acontecem. Passamos tempo demais focados nessas questões que, muitas vezes, esquecemos de viver. Cada minuto é precioso, o segundo seguinte é um mistério, mas, ainda assim, insistimos em reviver os momentos passados. É difícil entrar em nossa cabeça que o que passou, tenha sido bom ou ruim, foi bom, na verdade, porque é experiência que acumulamos. Mas, espera, pra que serve experiência?, alguém pode me perguntar. Eu digo que não sei, e admito que não saber, ainda me causa um pouco de espanto, porque eu não me conformava, ou não me conformo - por enquanto -, em não compreender as cosias por completo.


Libertemo-nos! Deixemos ir o que passou! Um amor que não deu certo, ou o emprego que se foi, ou a viagem dos sonhos. Não foi dessa vez, mas pode ser da próxima. Mas, para que seja, é necessário que estejamos abertos ao que ainda está por vir. E o que está por vir? Eu não sei...

sábado, 9 de outubro de 2010

Dia feliz


Hoje meus amigos vão a uma festa e me convidaram para ir também. Amanhã eles não trabalham, ao contrário de mim. Mas essa é só uma desculpa, porque me bateu uma vontade de ficar em casa, deprimido, agarrado ao meu travesseiro, comendo um quil0 de chocolate. Eu não tô com ânimo pra ver casais felizes. Não que eu faça apologia à destruição de lares, mas todo mundo têm sua alma-gêmea, sua cara-metade, só eu que não tenho porra nenhuma. Tô pensando em colocar anúncio no jornal, tipo: Loiro, 1,72, 68kg, proc. cia para ir ao cinema. Pago a entrada e o combo. Porque até ao cinema as pessoas vão em dupla, menos eu! Dia desses fui com um amigo, pra não me sentir sozinho e, adivinha?? Tivemos de sentar em fileiras separadas porque não tinha mais poltronas juntas! Eu não tô afim, também, de conhecer alguém legal. De fdp. na minha vida já chega! Até as cadeiras da minha casa estou trocando por banquinhos, porque cansei de encosto. Imagina, uma tralha pra me incomodar? Eu, hein...


Estava lendo o blog psicótico, há pouco, e a autora dizia que "Queria ser uma pessoa melhor, mas isso implica numa mudança de padrão". Acho que eu concordo com ela. A gente bem que tenta ser bonzinho, dar uma mãozinha aos outros e, no final, mandam a gente sifu. Uma vez, tudo bem, mas todas, não há bondade que resista. Não que eu sejá uma pessoa de má-fé, eu só não posso agradar a todos.


Carpe Diem: Não sejamos egoístas! Pensemos mais em nós mesmos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Plantão


Domingo. Hoje, toda a família foi à zona, e ninguém falou nada. Pelo contrário, quem não foi ao antro teve que justificar o fato de não ter ido. No país inteiro foi assim. Mas, como os antenados já devem ter se ligado no trocadilho, é das zonas eleitorais, para votar e eleger quem vai comandar a zona - ops, o país -, pelos próximos 4 anos.

Esta foi a primeira vez que eu votei em Florianópolis, e eu sequer sabia onde era a minha zona (eleitoral). Mas, graças ao site do TSE, encontrei o endereço da casa de perdição. Durante o percurso para chegar até meu local de votação, constatei como, infelizmente, muitas pessoas ainda não têm consciência de que não é legal jogar lixo nas ruas. Foi fácil identificar onde havia uma urna: era só reparar onde santinhos estavam espalhados por toda parte para ter a certeza de que por ali havia uma cabine. Uhm... santinhos e zonas são opostos, e os opostos se atraem. Que besteira eu falei! Deixando a putaria de lado e voltando à falta de consciência da população quanto ao lixo, usei esse fato para fazer uma importante - importante, ao menos pra mim - comparação: se essas pessoas não sabem nem separar o lixo, como elas terão discernimento para separar os candidatos e votar nos melhores? Aposto que esses seres com cérebro de capacidade limitada sequer leram as propostas dos candidatos que estavam atrás daqueles papéizinhos que elas nem se deram ao trabalho de jogar no cesto de lixo. Dia desses, num restaurante, ouvi uma frase, com a qual eu concordo plenamente. É mais ou menos assim, ó: Quem elege os políticos do Brasil não é quem lê o jornal, mas quem limpa a bunda com ele. Paulada. Bem no meio da moleira. É pro sujeito não levantar mais.

E faz todo sentido: é só abrir qualquer revista, ou jornal, pra escorrererem notícias de caixa dois, de nepotismo, de cassassões de mandatos, de fichas sujas que revertem o jogo a seu favor... Os escândalos de Paris Hilton são água com açúcar perto dos que envolvem admistradores públicos. Seria melhor ligar a TV e assistir, em um programa de fofoca qualquer, uma reportagem entitulada Marina Silva e Dilma Roussef se pegam no tapa na disputa pelo último estojo de maquiagem Catharine Hill, ou então Serra aposta uma garrafa de pinga com Plínio, afirmando que Internacional ganha a Libertadores deste ano.
Brincadeiras à parte, hoje foi um dia cansativo. Vou fatiar umas rodelas de pepino, bater um mousse de abacate e... jantar; adoro salada de pepino e mousse de abacate!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Kisses!!!

Obrigado! Isso é o que eu tenho a dizer aos meus queridos leitores! Hoje, soube da existência de mais uma pessoa que lê meu blog. É meu colega de apartamento, meu irmão, meu amigo, a pessoa que aguenta minhas crises de histeria, nas quais eu quebro todos os copos. Em vários meses desde que comecei a escrever neste blog, depois da minha mãe, minha irmã e meu primo por parte de pai, ele é a quarta pessoa que lê meu textos. Mentira, a terceira, porque minha mãe não se dá muito bem com internet, nem com computadores. Tá, ele é a segunda, eu admito, minha irmã anda meio sem tempo. Pra falar a verdade, depois de mim, ele é meu primeiro leitor, já que até esse meu meio primo é pbra da minha imaginação. Se bem que há uns meses eu obriguei uma amiga a ler uma postagem, e ela comentou comigo a respeito, então, eu tenho mais de um leitor! Sem contar no meu ex-affair, que leu a primeira publicação deste blog. Já superei a marca de 3 leitores, e o bom é que eles são de verdade. Verdade, também, é que eles nunca mais visitaram este espaço, mas, fazer o quê? Pelo menos não se deram um tiro no meio da testa, reagiram bem. Minha amiga se atirou da Hercílio Luz e meu ex-affair, não preciso nem comentar: terminou o namoro.
É isso que me dá ânimo para continuar. Portanto, meus queridos, dia 3 de outubro, votem certo, votem... Brincadeira.Beijocas sorridentes!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Meias palavars


Eu tô deprimido! Meu namoro acabou, meu amigo sofreu um acidente enquanto viajava e não pode retornar ao Brasil, e meu emprego também está perdido. Estou em estado de depressão profunda. É sério! Tenho vontade de sair correndo e gritando. Nu, ainda por cima. Sem bem que se eu fizesse isso meia Florianópolis entraria em depressão. Melhor tentar outra maneira de chamar atenção.

Decidi, hoje pela manhã, que vou viajar pro interior, na casa dos meus pais. Acho que é aí que minha deprê vai se agravar ainda mais... Imagina, acordar pela manhã com as vaquinhas mugindo, as galinhas cantando? Enquanto eu namorava e imaginava um sítio para passar os finais de semana com o meu amorzinho era outra coisa. Naquela época eu era cego, acreditava em príncipe encantado, mas hoje eu digo que os príncipes que acreditamos existir não passam de sapos. Ou pererecas. Eu também me enquadro neste seleto grupo. Alguém vai me amar, um dia, fazer tudo por mim, e eu não vou querer ver o coitado nem pintado de ouro na minha frente. No máximo, vou fingir e tentar enganar, tanto a ele quanto a mim mesmo, dizendo que o amo. Aí, um belo dia eu vou me cansar e dizer pra ele que eu quero ficar sozinho. Aí eu serei condecorado por ter aprendido a lição e tê-la passado adiante.

Amor, meus queridos, NÃO EXISTE. Quer dizer, existe sim, mas ele é fraco, ele não pode contra a opinião alheia, contra as diferenças sociais... Pobres coitados os que acreditam e tem esperança de um dia encontrar sua alma gêmea. O Viveram felizes para sempre é uma farsa, não acreditem se alguém tentar ludibriá-los.

A pessoa que está ao seu lado neste exato momento jura que te ama? Cuidado, porque ela pode não resistir ao seu primeiro resfriado. Sim, porque ninguém quer ficar ao lado de uma pessoa doente mais de 5 minutos, em uma visita, quiçá pela vida toda. Estão me achando pessimista? REALISTA, meus amores, REALISTA. Hoje, se você não for egoísta e não tiver o nariz empinado, você não chega nem na esquina. Portanto, vivas à mesquinharia, ainda que os princípios passem longe da sua pessoa.

Ainda não sei como seguir daqui pra frente, meu chão foi pros ares, e eu não sei ainda como recomeçar. Têm pedaços meus espalhados por vários cantos desta Ilha, e eu não consigo juntar todos, por enquanto. Será que um dia eu conseguirei?

Agora, um apelo: não sejam idiotas e otimistas quanto ao Amor. Óbvio que ninguém vai ouvir esse conselho, nem eu vou segui-lo.

Ah, outra cosia: este texto é minha carta de revolta e indignação. Não sejam tão descrentes do Amor, meus amores. Só fiquem de olhos bem abertos pra ver se vocês não estão tentando juntar a metade da sua laranja em meio abacate. Sua metade é preciosa, e não caia de cabeça em um relacionamento, como eu fiz, tentando encontrar de cara sua alma gêmea, quem o completará, porque "mais vale 50% de alguma coisa do que 100% de nada". Amor, antes só do que mal acompanhado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

After all this time

Tem uma música que eu adoro, do Simon Webbe, "After all this time", que eu nunca tinha prestado muita atenção no que ela dizia, mas hoje fiquei escutando, atento, as palavras que a compunham. Senti um nó na garganta porque a letra não é muito animadora.
Resumindo, a música fala de uma garota que se apaixona por um cara que, com ela, termina de forma inesperada e ela fica sem entender o que se passa. Ela ainda ama muito esse homem e, mesmo depois de muito tempo, não é capaz de esquecê-lo. Ela está tentando ser feliz em um novo relacionamento, já construiu uma família, mas ainda não esqueceu aquele antigo amor, que ainda dói em seu peito e não demonstra sinais de que um dia irá deixá-la.
É nessa hora se eu me pergunto se isso é amor ou castigo. Por mais que seja a letra de uma música, não é apenas a letra de uma música. Quem ama sente o mesmo desespero desta garota que, mesmo mulher feita, não consegue se livrar da lembrança de quem, um dia, ainda que tenha sido de maneira falsa, a tenha feito feliz, porque ela acreditou que era amada e desejada da mesma forma que amava e desejava esse cara.
Um dia, esse homem será apenas uma lembrança? Ele será esquecido? E o que é feito dele? Será que, de fato, ela se enganou tanto assim com esse rapaz? Ele não sentia nada, mesmo, por ela? Ela vai sentir, pra sempre, como se a história deles ainda não terminou? Será que terminou mesmo?


Depois De Tudo (After all this Time)

Depois de tudo, das pedras quebradas
Que foram atiradas, sem razão alguma
Por dentro, ela ainda o ama
Depois de todo esse tempo
O seu coração ainda carrega as cicatrizes
Sem sinal de cura,
Tudo bem
Ela ainda o ama
Depois de todo esse tempo


Tentando se livrar do passado
Esperando ainda que as luzes mudem
Tentando, tentando pelo seu amor
Por causa de seu orgulho, orgulho
Aprendendo, a mal sentir a dor
Mias grossa é a pele, menor é a tensão
Por mais que esteja doendo
Ela não vai se deixar quebrar
Porque ela ainda o ama
Depois de todo esse tempo


Agora ele sabe que a sua fraqueza mostra
Uma alma egoísta, que nunca muda
Tudo bem,
Porque ela ainda o ama
Depois de todo este tempo
E pra quem olha de fora
Você vê uma família vivendo
E tudo parece perfeito
E é assim que ela quer
Porque ela ainda o ama
Depois de todo esse tempo

Depois de todo esse tempo...
Depois de todo, depois de todo, depois de todo esse tempo


Ossos tem que crescer, a idade nota-se
Ainda que a tentemos esconder
Por dentro, ela continua a ama-lo
Depois de todo este tempo.
E por dentro dos seus olhos cansados
ela vê o rapaz com os braços abertos
Que a fizeram sentir como um anjo


Ohh é por isso que
Ela continua a amá-lo
Para o resto da sua vida,
Ela continua a amá-lo
Para a última de muitas milhas
Ela continua a amá-lo
Depois de todo esse tempo

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Enfim, só

Demorou, mas, enfim, a ficha caiu. A primeira grande decepção amorosa da minha vida, finalmente, está prestes a se tornar apenas uma lembrança. Tá, eu falei isso pra mim mesmo mais de oitocentas vezes em menos de uma semana, mas agora acho que é pra valer. Pelo menos, pensar, eu não vou mais.

Só que eu não entendo por que existem essas merdas de decepções na vida da gente. Seria bem mais fácil sem elas, mas não, as desgraçadas tem de existir para nos atormentar. Eu sei que eu, nesta primeira quez que me enamorei, queria viver esse amor, cacete! Mas não deu. Não foi dessa vez. Acho que eu me precipitei e estava tentando encaixar a metade da laranja em meio abacate. Bem que eu tentei, mas não deu.

Só fico pensando no papelão ridículo que eu fiz! Nossa, que humilhante. Vá lá que a gente tem que apostar no que acredita, mas deitar e rolar no chão é de mais. E eu me pergunto, idiota que sou, como eu fui me deixar envolver desse jeito? Só pode ter sido aquela dose de pinga de alambique que eu tomei por engano quando tinha meus 4 anos. Só pode ter sido isso, não há outra explicação! Que o Amor nos emburrece, eu já sabia, mas não fazia ideia de que era tanto. Não me conformo como fui tão tanso. Qualquer médico diria que eu fui acometido por um fungo chamado Paixonitium Erractus, a qual causa crises de falta de amor próprio e auto-estima. A cura é uma receita antiga: encontar o verdadeiro Amor. Ou fugir dele.

Portanto, quem tiver um antídodo que faça uso imediato, para evitar que a bactéria não retorne e lhe deixe de cama por mais alguns dias.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Momento Utilidades Domésticas



O que você enxerga, caro leitor, quando olha pra um secador de cabelo? Uma coisa que só esquenta a nossa cabeça? - alguns, tipo aqueles de banheiro de motel, literalmente só servem pra isso mesmo, porque secar os fios, que é bom, nada, né, amiga. Pois hoje eu descobri uma nova utilidade para esse maravilhoso eletrônico que dispomos em casa, mais precisamente no nosso banheiro: descongelar a geladeira.


É sério. Minha geladeira é daquelas mais simplesinhas, sabe, ainda das que têm que tirar da tomada de tempos em tempos, limpar o gelo. E hoje ela me olhou e implorou para que eu a descongelasse, senti que ela me dizia que não aguentava mais aquela sobrecarga de gelo. Até ameaçou parar de funcionar, caso eu não desse um trato nela, a folgada. Só que eu acordei tarde e não estava com muita paciência para esperar aquela camada generosa de gelo se desprender do congelador. Foi quando vi meu secador de cabelo dispor-se a me ajudar. Olhei em volta, para me certificar que nenhum vizinho pudesse ver o fracasso desta operação, caso ela não desse certo. Não queria sair na porta do apartamento com a cara toda esfumaçada e o esqueleto do secador nas mãos. Só que foi uma beleza. Em pouco mais de 5 minutos, minha geladeira estava novinha em folha, de porta aberta pra receber legumes, ovos, carnes e laticínios. E água, ou eu morro de sede.


Comparei o episódio do secador com o que, às vezes, acontece em nossas vidas. Dispomos de muitas coisas as quais acreditamos ter apenas uma finalidade, ou utilidade, que seja. Não paramos pra pensar em que outra atividade/situação poderíamos empregar tal ferramenta. O mesmo vale para as palavras.


Portanto, lembre-se: atrás de um secador pode haver um maçarico.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Feliz Aniversário! - Parte II: O Dia


Enfim chegou o dia mais esperado do ano, depois de todos os outros mais importantes, claro. Há exatos 21 anos, numa linda tarde de algum dia da semana, nascia uma linda jovem, pura, meiga tanto quanto Iracema. Brincadeira, era eu mesmo, bobos.

Conforme eu tinha comentado no post anterior, ontem eu trabalhei. Não ia aguentar ficar em casa sozinho, vendo filminho ou coisa parecida. Se você não consegue fugir do problema, encare-o de frente. Frase linda, não é mesmo? Capaz, NÃO faça isso em casa. Eu tentei fugir pra casa da minha mãe, mas as passagens em cima da hora ficam muito caras, ainda mais considerando que tenho uma viagem pra lá programada pra dentro de duas semanas, então, vou utilizar essa passagem pra comprar uns agradozinhos pra mim. E hoje eu também trabalho. Não estou em condições de ficar em casa, só.

Bem, vou comentar acerca das primeiras horas desta minha data querida. Ontem, depois do trabalho, fui com uns amigos a um samba de raiz, numa praia daqui de Floripa. Muito bom, tirando a parte que ninguém sabia do meu aniversário. Eu tentei contar que eu estava de parabéns, mas sabe como as pessoas de hoje em dia são, né... ninguém me ouviu. Se bem que eu podia ter olhado bem fundo nos olhos delas e dizer Não está esquecendo de nada, tipo, cantar parabéns pra mim?, mas aí não pegaria bem, iam dizer que eu estava tentando me aparecer, enquanto que eu só queria comemorar meu aniver, qual o problema?

Minha amiga continua dormindo aqui em casa. Estou com janelaas e persianas fechadas. A moça de uma loja do shopping me ligou há pouco e falou que chegou uma coisinha que eu queria. Lógico que não desperdicei a oportunidade de contar do meu aniversário.

Não está sendo o aniversário dos meus sonhos, pelo contrário, passou bem longe, mas eu sobreviverei. E a contagem regressiva para o próximo começa à meia noite de hoje. Não esqueçam.

domingo, 29 de agosto de 2010

Feliz Aniversário!!!


Há alguns anos, no meu aniversário, bem nesta data querida, eu tenho desmarcado todo e qualquer compromisso com pelo menos seis meses de antecedência. Não foi diferente neste ano. Contudo, hoje, véspera do Buon compleanno a me, estou tentando o inverso. Não quero passar socado dentro de casa, sozinho, abandonado e esquecido.

Geralmente as pessoas não gostam muito de fazer aniversário, isto até é compreensível, mas eu adoooooooooooooro o Parabéns. Tanto quando é para os outros, melhor ainda quando é pra mim. Eu amo a sensação de não saber o que fazer enquanto todos cantam pra mim: eu ainda fico meio roxo, sem saber se bato palmas, se canto, tenho medo de soprar a velinha e babar o bolo todo. Apesar de esperar que esta data chegue logo, nunca sei me comportar nesta hora.

Mas, voltando ao que eu dizia anteriormente, eu sempre cancelava todo e qualquer compromisso, o pessoal do RH sempre me liberava, dava-se um jeito. Na verdade, meus últimos três aniver's eu passei com pouquíssimas pessoas ao meu lado. Este ano, a estimativa era para que esse número se reduzisse ainda mais, mas pra 2 e não pra apenas 1 - eu, no caso. Tentei viajar pra casa dos meus pais, mas não deu, muito em cima da hora. Então, pelo menos na véspera da minha data querida, vou trabalhar. Amanhã darei um jeito, qual, ainda, não sei.

Só me falta receber um presente-bomba. Ou, pior, um sapo dentro de uma caixa de sapatos.

Bem, este ano, acho que quem vai cantar o parabéns pra mim, literalmente, serei eu.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vivendo e apanhando

O conjunto de palavras, gestos e pequenas ações fazem um amor durar. Há algum tempo, li uma crônica da Martha Medeiros em que ela dizia que o mais importante não é saber-se amado, mas sentir-se amado. Concordo plenamente com este pensamento.
As pessoas se decepcionam em certo momento de sua vida com alguém que amam e, a partir daí, tornam-se pessimistas. Confundem paixão com Amor e quando o verdadeiro Amor chega, não deixam que ele entre por medo de "sofrer novamente".
Sempre fui muito otimista quanto a esse sentimento, mas tenho seguido por esse mesmo
caminho ultimamente. Logo eu, que sempre afirmei que o Amor existia e era o que de mais bonito as pessoas podiam conhecer. Doce ilusão...
As pessoas têm medo de encarar os problemas de uma relação de frente. Por isso que as histórias que começam lindas acabam deixando sofrimento para ambas a spartes envolvidas. Não entendo como uma pessoas pode amar, dizer que ama, se não se entrega por inteiro. Que tipo de Amor é esse? Seja qual for, é um Amor que eu não quero sentir, nem que eu passe minha vida toda só. Amor irracional, eu sou contra, mas Amor que pensa ter prazo de validade eu tô fora. Eu só queria amar em paz, e ser amado na mesma proporção, mas parece que hoje isso é impossível. Se não tiver status, não tem relacionamento. É isso mesmo, reveja como você aje com a pessoa que diz amar! Se você, sinceramente, bem no fundo do seu ser, não for assim, considere-se uma pessoa de sorte, pois é uma das únicas e que não exige troca.
Meu aniversário novamente vem chegando e eu queria sumir. Estou sendo egoísta, devia estar agradecendo a tudo o que eu tenho em vez de correr atrás daquilo que se esforça o quanto pode para fugir de mim. Quero o colo da minha mãe, quero ir pra longe, quero desligar, quero Amor, quero fugir.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Medo

Hoje é o grande dia, o dia em que tudo pode mudar. O medo do novo, de, de repente, ter de conviver com ele, me deixa de coração na mão, lágrimas a ponto de escorrerem por meu rosto. Saber que uma parte de meu futuro depende de um resultado que receberei hoje, não é nada fácil.
É duro admitir, mas eu estou com medo, e sinto-me a pessoa mais sozinha do mundo. Por que comigo?, eu me pergunto em uma crise de fraqueza, ainda que eu saiba que preciso ser forte. Não sei pra onde correr, estou meio confuso, as ideias não se encaixam direito, meu ,mundo está desabando, tive pesadelo à noite, estou com medo agora, queria sumir, não dá.
Agarro-me a uma última esperança que ainda me resta. Que tudo dê certo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Gosto se educa"

O Poder Do Adeus

Se coração não está aberto, por isso eu devo ir
O encantamento foi quebrado
Eu te amei tanto
A liberdade vem quando você aprende a deixar as coisas irem
A criação vem quando você aprende a dizer não

Você foi a lição que eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza, você tinha que queimar
A dor é um aviso de que algo de errado acontece
Eu rogo a Deus que não será demorado
Se vá

Não resta mais nada para tentar
Não há mais lugar para se esconder
Não há maior poder que o poder do adeus

Se coração não está aberto, por isso eu devo ir
O encantamento foi quebrado
Eu te amei tanto
A liberdade vem quando você aprende a deixar as coisas irem
A criação vem quando você aprende a dizer não

Você foi a lição que eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza, você tinha que queimar
A dor é um aviso de que algo de errado acontece
Eu rogo a Deus que não será demorado
Se vá

Não resta mais nada para tentar
Não há mais lugar para se esconder
Não há maior poder que o poder do adeus

Não há nada mais a perder
Não há mais coração para machucar
Aprenda a dizer adeus
Eu tenho piedade ao dizer adeus

Madonna

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Jantinha Romântica

Quem nunca teve um dia de pedir pra sair cedo do trabalho porque planejava fazer um programinha romântico com o amor da sua vida e acabou levando o cano? Do amor da sua vida, óbvio que é dele que estou falando. Pois é, foi isso que, hoje, aconteceu comigo.
Há uns dois dias, mais ou menos, combinei com meu colega se ele poderia cubrir duas horas no final do meu expediente, hoje, porque eu ia a uma festa com o amor da minha vida. Ele, muito solícito, concordou, ainda que fosse hoje um dos dias mais movimentados da semana no trabalho mas, como era por uma boa causa, ele não se importou. À tarde, o amor da minha vida comentou que não estava muito a fim de ir à dita festa, mas que eu tinha total liberdade de ir apenas com meus amigos, sem ele. Lógico que a anta aqui disse que não, principalmente por saber que ele ficaria chateado - ainda que lá no fundo - se eu fosse sem ele. Então, comentei com meu colega que não teria mais a festa, mas que eu estava esperando que dormíssemos, ao menos, juntos, nesta noite gélida que faz em Floripa. Meu colega, como sempre, dizendo que era pra eu aproveitar que iria sair cedo para fazer uma jantinha romântica. Faltando mais ou menos 15 minutos pra eu sair, eis que recebo uma mensagem do amor da minha vida dizendo que ele me ligaria amanhã. Na verdade foi uma mensagem tão seca que mais parecia um coice. "Te ligo amanhã. Beijo." Meu mundo desabou, me preocupei pensando que poderia ter acontecido alguma coisa de grave com seus pais, sua tia, ou sei lá eu quem. Mas não comentei com meu colega que meus planos tinham melado. Fiquei na minha e 15 minutos depois, vim pra casa, sem saber o que estava acontecendo, e depois de responder ao torpedo, perguntado se havia alguma coisa de errada. Como o tédio era incomensurável, comprei umas cervejas (é que vinho bom, a essa hora, era difícil de encontrar) e uma barra de chocolate e me debrucei diante do computador e do Programa do Jô. Quase duas da madrugada, eis que meu telefone toca e, adivinha quem é?! Ele, o amor da minha vida, com uma voz ótima, perguntando se eu ainda estava no trabalho. Em uma fração de segundo, contei até 10 e disse que estava em casa, e perguntei o que havia acontecido para ele ter me mandado aquele torpedo-patada. Mas o pior ainda está por vir: a resposta foi que ele tinha saído com duas amigas e, como não queria desligar o celular, resolveu mandar um torpedo para eu não ligar. Era tudo que eu esperava ouvir: qualquer pessoa podia ligar pra ele, menos eu. Sim, porque aposto que ele não mandou o mesmo torpedo-patada a toda sua lista de contatos. E, ainda por cima, disse que daria mais uma volta, e em 10 minutos iria pra casa, porque ele não aguenta mais ficar no apartamento por conta do trabalho. Eu, me quebrando no trabalho, cheio de planos românticos, depois me desmanchando em preocupação pra ouvir que ele tinha saido com suas amigas? Faz meses que eu não desentoco de dentro de casa, nem meus amigos foram à festa porque nós não fomos. Estou parecendo um urso hibernando, mofando dentro de casa. Ah, o amor da minha vida...
Meu amor, eu te amo, e acho que você deve saber disso -se não souber, é porque é uma anta. Mas, agora, quem pede por maturidade, sou eu.
Agora, vou dormir.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Esfriando

Segundo dia do mês de agosto. Meu colega está, novamente, saindo de férias e minha vida pessoal toma o mesmo caminho que tomou em abril, quando eu o substitui. Pra quem não lembra, tudo ficou registrado no antigo blog, que foi pelos ares nesta mesma época.
Ando meio murcho, mas ME RECUSO a ceder e concordar que estou vivendo o meu inferno astral. Até porque eu não estava para fazer aniversário em abril, quando isso aconteceu pela última vez. Cheguei, cá com meus botões, a uma outra conclusão, mais ponderável: TPM. É isso aí, embora soe estranho. Só pode ser algo do gênero, uma TPM para homens, sei lá, ainda não descoberta. Mas, na minha teoria, ela só se manifesta quando as coisas não dão muito certo. E ela aflora à medida que as coisas vão rumando ao precipício. Na TV, um apresentador idiota me lembra que, na crença popular, agosto é o mês dos cachorros-loucos. Odeio esse animal - o apresentador.
O pior é que quando estou assim, meu dia não rende muito. Tenho milhares de coisas por fazer, tenho de estudar, trabalhar, dar um jeito na casa, colocar uma meia nos pés e mais um agasalho, porque o frio está batendo. Sem contar que meu almoço, que pedi há uma hora, ainda não chegou.
Mas, como tudo passa, essa fase também vai. Só que, se essas férias tomarem o mesmo caminho de abril, uma coisa eu garanto: o desfecho não será mais o mesmo. Falanado do lado pessoal, claro.

sábado, 31 de julho de 2010

Pelos ares

Há dias em que até tomar um taxi dá nos nervos. Principalmente quando se está em uma fase pão-com-ovo, em que todos os gastos supérfulos têm de ser evitados ao máximo. Taxi é supérfulo, e eu não lembro se vai acento. Pôr via das dúvidas, acento só aquele em que eu descanso meu lindo traseiro ítalo-descendente.

Último dia do mês. A grana do mês passado já era, e a deste que se finda já está com seu destino escrito; dias turbulentos, movimentados e emocionantes se aproximam no trabalho; vestibular se aproximando cada dia mais; meu aniversário também. À propósito, falando em aniversário e emoções, semana passada, quando eu estava meio atacado, minha vizinha se aproximou de mim e disse que eu estava assim por eu estar vivendo meu inferno astral-não lembro se elas usou essas palavras exatamente, mas foi isso que quis dizer-, que é um período, segundo ela, que ocorre 30 dias antes do parabéns pra mim. Olhei pra ela e me segurei pra não perguntar se ela não queria ir, de repente, dar uma voltinha no inferno astral.

Não sei porque motivo as pessoas adooooooram encontar alguém abstrato para colocar a culpa por suas falhas. Ou é a astrologia, ou foi Deus que quis, ou foram as estrelas... acho que elas responsabilizam um ser que não seja feito de matéria porque, certamente, ele as encheria de pancada. Se eu acredito em Deus? Claro que acredito, mas não é por isso que vou colocar a culpa por minhas falhas n'Ele, que deve ter muito mais o que fazer do que ficar ouvindo minhas lamúrias. A gente tem todas as ferramentas pra fazer as coisas da melhor maneira, mas nãããão, insistimos em ir pelo outro lado que, sabemos, será mais difícil. Hoje, por exemplo, eu estou estressado, querendo quebrar meio mundo, mas porque eu não me organizei, não acompanhei minha agenda, dormi mais do que devia. E agora estou puto comigo mesmo. Ah, também esqueci no trabalho uma salada e uns tomates que eu faria pro almoço amanhã. Imbecíl...

Mas está tudo bem... Michael Bublé está tocando em meu computador e, logo, logo, eu volto a ficar mansinho. Até que o próximo estresse me pegue.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os problemas dos outros e os meus

Eu sou uma pessoa estressada. Meu trabalho me consome, eu me consumo, e mais um monte de coisas me consomem. Sou a pessoa mais egoísta do mundo, quero atenção, quero carinho, quero amor, será que é difícil entender isso? É difícil perceber que eu me esforço pra dedicar atenção, tempo, afeto a quem eu amo? Pelo jeito parece que sim.
Na verdade eu sou uma pessoa idiota, tosca. O segredo do negócio é ocultar o que se sente, mas até agora eu não consegui fazer isso com quem eu realmente amo. Com as pessoas que não representam muita coisa pra mim fica mais fácil eu dizer não, inventar uma desculpa qualquer e dizer que estou ocupado, que outra hora eu ligo, ou que o almoço precisa ser desmarcado. Mas, com quem eu realmente me sinto bem, é impossível fazer isso. E o que me desespera é saber que as pessoas que eu amo podem não me amar, e por isso tem um tipo de comportamento totalmente avesso ao meu. Só pode ser isso: eu devo amar as pessoas erradas. E nasci pra ser sozinho também.
Sei que esse é um momento de depressão e que vai passar, mas eu estou cansado de ser verdadeiro com quem eu amo e receber patada de volta. Eu sou um ser humano também, eu tenho necessidade de me sentir amado, querido, desejado, importante na vida de alguém. Eu tenho um coração que, acreditem, não é de gelo ou de ouro! É de gente mesmo, que bate e bombeia sangue pra todo o corpo, e que também tem sentimento. Custa entender isso? Meu manual de instruções não é escrito em termos científicos, não tem palavras difíceis, caramba! Será que é tão difícil entender que eu odeio que mandem recados, que eu não compreendo muito nas entrelinhas, que eu preciso que as coisas fiquem bem claras, que sejam ditas realmente, não que estejam subentendidas. Têm coisas que não fazem parte de um texto qualquer para ser interpretado em uma aula de Língua Portuguesa. Sentimentos são muito mais delicados do que uma vassoura ou uma porta ou um caderno qualquer.
Estou quase concluindo que o problema sou eu, e não as pessoas que eu insisto amar. Eu quero saber dos problemas de quem eu amo, afinal eles são meus também, é difícil compreender? Eu não sou forte, caramba, sem alguém que me apoie. Eu já tenho que dissimular ser uma fortaleza na sociedade, eu sou obrigado a fingir que sou até na intimidade? Eu choro - e muito -, e não acho feio, nem sinônimo de fraqueza, não entendo porque segurar o choro diante de mim. Uma hora ou outra eu também vou precisar de alguém pra secar um balde que eu enchi de lágrimas.
Ninguém entende isso, não há nada que eu possa fazer. Idiota eu, quem manda eu não me fazer como todo mundo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Vó, dá uma carona?

Hoje, tive minha atenção chamada por uma coisa muito, mas muito corriqueira mesmo. Eu estava dentro do ônibus assim, como quem não quer nada, indo pra casa, quando olhei pela minha janela e vi uma senhora, mas senhora mesmo, de, no mínimo, 80 anos, dirigindo seu carro, feliz da vida. Como já disse, eu sei que isso não tem nada de anormal, mas aquela cena me chamou a atenção de uma maneira ímpar. O semblante daquela senhora transmitia uma independência que me deixou envergonhado. Detalhe: ela estava sozinha dentro do carro, em uma das avenidas mais movimentadas de Florianópolis.
Naquele momento, minha mente viajou e eu me vi conversando com ela e dizendo Vó, dá uma carona? Eu quis convidá-la para tomar um café comigo e ouvir a história da vida dela. Quem seria aquela senhora que me causou tanta admiração pelo simples fato de estar dirigindo? Seria uma professora, médica, advogada, psicóloga aposentada? Seria ela uma dona de casa, apenas? E os lugares por onde ela viajou, as pessoas que conheceu? Terá marido? Teve filhos? Quantos? O que eles fazem?

Não sei se foi porque convivi muito pouco com minhas avós, mas imaginei aquela simpática coroa me dizendo: Ro, vem cá que a vovó está com saudade de ti, meu netinho. Tá bom, eu sei que estou delirando, mas foi isso que eu senti. Tive vontade de abraçá-la e dizer que ela era vovó mais querida que eu já conheci. Se ela tiver netos, que eu acho que ela deve ter uma meia dúzia, no mínimo, espero que eles saibam tratá-la bem.

Não sei de onde ela veio, tampouco pra onde estava indo; se era judia, católica ou pagã; se tinha o nome limpo ou se estava no SPC; se era mocinha ou vilã. A única coisa que sei é que meus olhos escolheram ver a imagem de uma pessoa amada, que viajou por muitos lugares, fala várias línguas, é a melhor vó do mundo.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Círculo


O início pelo fim. Tudo vai bem, de repente tudo aparenta acabar, ou acaba. Na verdadde, nada acaba, tudo, realmente, apenas aparenta ter chegado a um fim.
Sempre esperamos pelo melhor, nada de mau nos atinge, quando, de repente, uma casualidade vem ao nosso encontro e faz as bases tremerem. Mas uma construção erguida sobre bons alicerces jamais cai por tremores. Muitas das coisas que nos acontecem, não as entendemos, relutamos a entendê-las e, por isso, retardamos a solução para muitos desses problemas. É muito mais fácil vencer um problema quando ele ainda está em fase de se instalar do que esperar para quando ele já atingiu proporções avassaladoras. No início, estamos mais perto de sua raiz e fica mais fácil de arrancá-la enquanto ela ainda não se aprofundou em demasia.
Nada daquilo por que passamos é em vão, isso é certo. Tudo têm um propósito, é frase feita, sabemos, mas é a mais pura e única verdade. As coisas mudam de acordo com o nosso olhar. São os nossos olhos que fazem com que elas sejam – ou não -, bonitas, boas ou desagradáveis. Somos nós que escolhemos a importância que elas terão em nossa vida. E, geralmente, é nessas horas que é feita a seleção das pessoas que tem, realmente, importância. Esse é o momento em que nossas amizades ou relacionamentos serão postos à prova. Agora é que saberemos quem somos na vida das pessoas as quais tememos perder. Seria egoísmo nos aproveitarmos desta fase para fazer este teste? Ou é chegado o momento de encararmos a realidade e aproveitar deste fato para refazer nossa lista de pessoas importantes em minha vida? Quem sobrar, é porque merece permanecer nesta lista, quem cair, saiu tarde demais.
Vivemos o que escolhemos viver. Muitas coisas não existem para serem entendidas, mas vividas. Precisamos conviver e aceitar que tudo, até as piores coisas, tem um ponto, ao menos, que nos fortalece. É pena perder algo ou alguém que nos seja importante, mas faz parte do nosso crescimento e essas perdas também não acontecem por acaso.

P.S.: Eu te Amo

terça-feira, 11 de maio de 2010

Breves


Pensando comigo, conclui que Macaca não é um animal. É um estado. Cheguei a essa conclusão depois de muitas manhãs acordar com ela - não com a peluda.



Depois de praticamente um ano sem sentar atrás de um volante, domingo meu colega emprestou o carro pra eu ir à farmácia. Não é que eu dirija mal, as pessoas, as calçadas, placas e postes é que estavam nos lugares errados. Brincadeira, eu mandei bem. Só não fui melhor porque fui e voltei com o freio de mão puxado.


Hoje é dia de salão. Espero que duas horas sejam suficientes. Não pretendo ir pro trabalho com tinta só na metade dos cabelos. Ou então eu não pago.



Hoje foi dia de faxinar e limpar a casa. Acordei cedo. Joguei fora tudo o que estava sujo. Agora tá dando eco dentro do apartamento, não sobrou quase nada. Vou tentar recuperar alguma coisa na lixeira.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Um dia daqueles


Sabe aqueles dias que dá vontade de colocar a cabeça pra fora e gritar um monte de palavrões? Pois é, essa semana eu tive um dia assim.
Pra começar, tive de acordar às 8 da madrugada pra pegar umas coisas o meu trabalho. Até aí, digerível, não fosse um colega te se atrasado mais de ma hora e me deixado esperando por ele. Fim desta etapa, vieram as piores. Estava no ponto de ônibus quando o desgraçado-infeliz passou, parou para que os passageiros descessem e não abriu a porta para que eu e as outras pessoas entrássemos. Lógico que eu virei em berro, crise total de falta de estresse. Mas não adiantou e o desgraçado foi-se embora. Mais 15 minutos esperando e eu peguei o próximo, crendo que me deixaria na frente da minha porta. Para o meu azar, entrei no próximo, que foi na direção contrária à minha casa. Eu podia ter pedido pra descer e chamar um táxi, mas fiquei tão puto, mas tão puto, que achei melhor ficar sentado. Meia hora depois e eu cheguei no outro latão. Dessa vez era o certo, até que enfim uma coisa deu engrenou, quase abracei aquela lata-velha. Quando vi o motorista, quase tive uma síncope: era o desgraçado-retardado-débil-mental que não tinha aberto a porta daquela porcaria uma hora e meia antes. Sentei-me num banco e delirei, imaginando minhas maos envolvendo o pescoço dele em um movimento frenético, enquanto que meus pés chutavam as costelas dele, no mesmo tempo em que ele prometia, os prantos, nunca mais deixar de abrir a porta pra passageiro nenhum. Nessa hora e acordei e desci, enfim, na frente da minha casa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Senhas 359, 360


Quem disse que passar 3 horas e meia numa fila em nome da democracia não tem seu lado positivo? Não falo por ela, porque entram governantes, saem governantes e a coisa não evolui muito. Anda pouco, mas pelo menos anda. Mas ao que eu me refiro é ao que se aprende enquanto se espera. Fila também é cultura.
Como todo bom brasileiro, deixei para a última hora a regularização do meu Título de Eleitor. Não que eu não tivesse tempo antes, o que eu tinha era preguiça, e imaginei que a fila não seria tão grande na data final. Errei feio. A bicha - bicha que eu me refiro é fila, não "bichinha" - se arrastava por duas quadras e eu quase chorei quando cheguei ao final dela. Nessa hora comecei a me certificar que todos os documentos necessários para a regularização estavam comigo, porque se eu esperasse à toa naquela porcaria de fila, cortava meus pulsos. A sorte é que eu levei uma revista. Aproveitei pra m atualizar. O assunto ,ais interessante que li foi uma matéria sobre sexo. Fiquei sabendo que transar ativa uns anticorpos que ajudam a combater a gripe. Foi aí que entendi porque acordei gripado.
Fiz amizade também. Uma guria muito culta, que disputou comigo o último lugar da fila. Conversamos, ela me contou da experiência de morar em outros países, de como as coisas funcionam bem lá fora, como o sol do Brasil faz falta em Londres. Sem contar no bronzeador, que compramos meio-a-meio por causa do sol. Por falar nisso, eu não paguei a minha parte. Rúbia, querida, pago uma torre de chopp dia desses.
Mas no final, tudo saiu bem. Fiz aquela porra de regularização e retornei à rotina. Só não fiquei puto por ter passado horas naquela fila porque valeu a pena a companhia.
Até a próxima fila.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu só aceito, entende?


Despedir-se de um amor talvez seja a dor maior que haja, ainda mais quando esse amor dá a impressão de ser eterno e veradadeiro. Poss0 dizer, sem a menor dúvida, que essa foi uma das maiores decepções por que já passei. Meu primeiro e único amor se acabou. Entrei em desespero, não entendi, ainda que tenha aceitado. Sim, porque há um abismo em entender e aceitar alguma coisa. Entender é aceitar que tudo acabou, que foi bom enquanto durou, é ficar com os bons momentos na memória e desprender-se, desapegar-se. Aceitar é admitir que acabou e que não há nada mais a ser feito, é conformar-se que ambos tem de seguirem por direções opostas, caminhos que jamais voltarão a se cruzar. Entender é profundo, aceitar é superficial.
Claro que quem se despede de uma amor, ainda que a contra-gosto, um dia levanta a cabeça e continua. Contudo, acho pouco provável que haja recuperação total. Dia desses questionei uma jovem sábia a fim de que ela me desse algumas dicas para esquecer uma pessoa de maneira rápida. Ela, com toda a simplicidade do mundo e com a pouca bagagem de experiência que carregava consigo, confessou-me que "A maneira mais fácil de esquecer uma pessoa é não pensar nela". Minha vontade foi pedir que ela me dissesse algo mais fácil, mas como foi por e-mail essa nossa 'conversa', deixei por isso mesmo, pensando ser impossóvel deixar de pensar em alguém que tivesse ocupado um lugar de destaque em minha vida em tão pouco tempo. Foi nessas reflexões, que não sei a troco de quê, conclui que ela era, de fato, uma gênia. Óbvio, é exatamente a mesma coisa de você se sentir tentado a ir a uma festa quando está com pouca grana. Se pensar no que vai perder se ficar em casa, você não vai aguentar a pressão que está exercendo sobre si mesmo e acabará indo. Contudo, se quando o pensamento de ir à balada for desviado para o livro do pré-vestibular que você tem que comprar na segunda, e que isso sim lhe garantirá algo de concreto no futuro, e focar nisso, você irá pra casa, deitará em sua cama, fechará os olhos e irá acordar no dia seguinte tendo a sensação de ter feito a coisa certa. E foi o que eu comecei a fazer.
Ainda não cheguei ao estágio de entender. Por enquanto, apenas aceito o fato de não termos dado certo, e espero pelo dia em que esse tempo terá se tornado pra mim apenas uma boa lembrança.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Início


Iniciando um novo capítulo. O que passou já era e o que importa é o futuro. Contudo, como este capítulo faz parte do mesmo livro, pode ser que personagens do passado voltem mais adiante e permaneçam até o final da história, essa história que, como o amor, não tem fim.
Vivendo e aprendendo, caindo e levantando, bebendo e caindo. Brincadeira. Não dá pra beber muito porque sou fraco pra bebida e quando me excedo, já viu, dá merda. E a última vez que eu me passei foi hoje, pouco antes do dia amanhecer. Aquelas cervejas me deixaram sensível.
Personagens novas entrando em cena, vilões, princípes encantados que se transformam em sapo depois do beijo - é isso mesmo, o conto de fadas é meu e é o príncipe que vira sapo e deu -, a princesa que despenca depois do casamento. Shrek passa vergonha e Machado de Assis fica no chinelo. Do meu roteiro cuido eu. Luz, câmera e ação. Ação, meio tarde, mais próximo possível do meio-dia, porque eu não tô acostumado a acordar cedo. Mas eu durmo tarde, então não me importo se algumas partes importantes forem escritas à noite. O computador que escrevo podia ajudar e não se desligar sozinho, precisando de umas pauladas pra voltar a funcionar.
O bom é que tudo é novidade e eu tenho apenas planos, não sei se o que eu imgino para o futuro vá ser escrito nas fases que se seguem do meu best-seller. Quem achar que eu estou me achando de mais que vá se catar, porque minha obra, assim como a de cada um, não é um mero-livro-de-boetco-de-esquina. É a minha história e ela é importante pra mim. Ó, eu não sobreviveria sem mim.
Então, BEM-VINDOS ao meu mundo. Apertem - e bem - os sintos e uma boa viagem!