domingo, 28 de novembro de 2010

Um dente pra nós II

É nojento! Eu não vou conseguir. Quando eu escrevi o post anterior, o dentinho estava dentro da mochila. Só depois que eu o tirei, e me espantei mais ainda.
O que que é aquilo? Só não o joguei fora ainda por medo de ficar com peso na consciência. É o bendito do Vai que. Vai que eu me arrependa de ter posto no lixo aquela coisa gigante? Pensando bem, a ideia ultrarromântica não é muito viável. Imaginem aquela presa de mastodonte pendurada ao pescoço de alguém? Isso seria castigo, não prova de amor; já de anel não iria servir, faltaria dedo, quem sabe um sinto! Ou, melhor, um compartmento do móvel da sala todinho - to-di-nho - pra ele. É demais.
Minha irmã não guardou os dentes dela, e a ideia de pendurar no pescoço do meu unhado nem deve ter passado pela cabeça dela que, evidentemente, não é oca. Eu sou a ovelha-negra da família. Imaginem, no álbum de família, daqui algumas décadas: Estão vendo esse aqui, crianças? Esse é o titio Rodrigo, o único que guardou os dentes do siso. O único da família a guardá-los. Eu não suportaria entrar pra história da família dessa forma. Ainda se fosse como o mais desorganizado, menos apaixonante, ainda vá lá. Mas, assim, não.
Então, se possíveis pretendentes leram o post anterior, eu peço que o desconsiderem E fiquem tranquilos, na precisa correr, que eu não vou obrigar ninguem a usar um dente no pescoço. Afinal, eu sou moderno, não sou?
Vai que...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um dente pra nós


Sinto que perdi 3 quilos hoje. Não, não foi uma dieta milagrosa, apenas extrai um dos meus 4 dentes do siso. Levei um puta susto quando o dentista me mostrou ele, já em suas mãos. Como aquela coisa coube dentro da minha boca? E um mini-iceberg! A parte que ficava aparecendo era cerca de um terço do tamanho total dele. Foi terrível. Imaginem a cratera que ficou no lugar! Será que só o meu dentinho era daquele tamanho, ou é igual pra todo mundo que têm um(um, não, na verdade, quatro)? O meu espanto maior foi quando o cirurgião pediu se eu queria trazer o dente e guardá-lo de lembrança. Como assim? - eu disse - Isso é coisa pra se pensar, ninguém nunca tinha falado isso pra mim, é tudo muito novo... ora, guardar um siso é uma coisa tão, tão... é, uhm... nojenta! Quem guarda um siso? - continuei. Então, ele olhou pra mim e, meio magoado com minha resposta, revidou: Todo mundo que vêm aqui tirar o siso, leva para guardar de lembrança, não acredito que ouvi isso!? Então, eu persisti: Não levo, não levo e não levo. Isso não é normal, é como guardar o apêndice numa garrafinha, na estante na sala... Pode jogar essa cosia no lixo, depois, se eu mudar de ideia, ainda tenho mais três... Ele não se deu por convencido: Eu vou deixá-lo bem aqui, vai ver você muda de ideia! - insistiu, apontando pra uma mesinha. Tá, deixe aí, então. Mas que eu não vou levar, não vou meeeeeeeeesmo. - persisti. Isso é o que nós vamos ver! - disse ele, antes de uma risada estrondosamente cabeluda.


Ele pediu que eu relaxasse, pois ele teria de fazer uns pontos na cratera. Terminado o trabalho, pediu se foi bom pra mim, e fez o seu preço. Eu paguei e, de quebra, trouxe o dente.


Bem, a questão, agora, é o que fazer com o siso. Sabe, até que ele tem caído no meu gosto. E, além do mais, ele até é bonitinho. Pensando nisso, eu encontrei uma utilidade ultrarromântica pra ele. É assim, ó, não vão rir de mim: no dia em que eu encontrar o amor da minha vida, se ele também iver um siso guardado, a gente pode trocá-los. Mas que não me venha com um postiço, tirado da dentadura da bisavó, que não vale. A gente pode fazer um anel, chaveiro, escondê-los dentro de um pingente, sei lá. Um pedaço de mim contigo, e um teu, comigo, que tal?

Tá, mas isso é coisa pra se pensar depois. Agora, as prioridades são outras. Ainda há outros 3 sisos. E 2011 vem aí, com tudo e sorrindo.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um ano

Pra mim, há uma certa relação entre 11 de novembro com 11 de setembro. 11 de setembro ficou marcado na históiria como o dia em que o mundo parou. 11 de novembro foi o dia em que ficou marcado na minha história como o dia em que tudo começou. E que terminou também, logo em seguida. Mas não vou me prender às perdas.
Eu não dava nada por esse dia, que de especial para o mundo não tem nada. Ninguém sabe o que esse dia significa, não é aniversário da minha mãe, nem do meu pai, nem meu, nem de ninguém. É aniversário de uma data, apenas. Aos curiosos, que fique a curiosidade, porque não vou contar o que é. Apenas esse emaranhado de palavras creio ser o suficiente pra eu me sentir um pouco melhor por estar falando de algo que está dentro de mim. Eu prefiro, neste - e somente neste - caso o enigma.
Hoje, há aqui um vácuo, ocupado pelo vazio. Este espaço nulo não tem data de validade, não sei se vai ser ocupado por algum conteúdo, um dia. Só sei que, por ora, é o que há. Talvez o vazio seja, de certa forma, um conteúdo. Um conteúdo que não se sabe explicar porque veio parar nesse lugar, antes tão bem habitado.
Concordo com Martha Medeiros, a quem cito volta e meia, quando diz que "o tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada. O tempo só tira o incurável do centro das atenções". Ao mesmo tempo em que assino embaixo, tenho medo desta constatação. Entretanto, tudo continua. As pessoas crescem a cada aniversário, e este é só o primeiro. E que venham muitos outros. Afinal, eu sou a pessoa que mais gosta de aniversário que conheço. E que no ano que vem seja diferente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Blás & afins

Depois de uma longa temporada longe das telas - do computador -, cá estou eu novamente, a todo vapor. Bem, um pouco menos, que o vapor tá mais pra um leve orvalho.
Novidades? Nada. Tudo permanece igual, tirando o fato de que estou ótimo. Também não é pra tanto, mas tenho me mantido bem ocupado ultimamente. Minha veia inspiradora não está lá aquelas coisas. Também, pudera, quase duas da madrugada, não era de se esperar muita coisa, né. Milagres só em horário comercial, e com hora marcada.
Esta postagem vai ficar por aqui mesmo hoje. E eu, na cama.
Merda, dia 11 faz um ano. Não sei com que me presenteio. De repente um porre daqueles não cairia mal.