terça-feira, 14 de junho de 2011

Após todo esse tempo

Não esperava que fosse desta maneira. À tarde, seu amigo consertou a fechadura de sua porta, em seguida foram juntos trabalhar e tudo estava seguindo sua rotina. Fazia calor. Depois do trabalho, sua amiga o chamou para fazer uma coisinha qualquer, e ele aceitou. Na hora de sair, os planos mudaram e acabaram parando em um bar universitário. Ele jurou, nesta noite, que não se deixaria interessar por ninguém. Ele nunca foi tão senhor de si mesmo como nesta ocasião. Conversou, bebeu, dançou, riu, improvisou como se ninguém, absolutamente, estivesse olhando. O bar fechou... A noite ainda estava começando, eram apenas duas, três da madrugada, e não era uma noite qualquer esta, ainda que ninguém soubesse o que aconteceria nas horas subsequentes, no posto de conveniência em que a noite continuaria.
Ele jamais havia se divertido como desta vez, nunca estivara tão despido de pudores acerca da opinião alheia. Foi quando, depois de beber um pouco que algo novo e completamente diferente de tudo que já havia sentido começou a se processar dentro de si. Em sua frente, como que do nada, apareceu a pessoa que mais lhe havia chamado a atenção até este momento. Não teve pudores em puxar assunto, desta vez, já que sua autoconfiança era suficiente para ignorar qualquer tipo de reação negativa por parte de quem o encantava. Pelo contrário, o papo engrenou, e ele já havia esquecido de sua amiga, que estava, naquela mesma hora, na companhia de outros amigos.
Esta outra pessoa era audaciosa, opinava sobre tudo e convidou-se para acabar a noite na casa dele. Imagina se ele faria uma coisa dessas, levar alguém completamente estranho para o seu apartamento. Era inconcebível esta ideia. Mas o outro lado foi mais convincente e ele ficou convencido de que devia fazer mesmo isso. Ninguém tinha nada de se meter em suas escolhas, e uma bobagem de nada era levar alguém para sua casa. Foi o melhor final de noite que poderia imaginar. Entretanto, mal sabia ele que, a partir deste momento, toda sua vida mudaria completamente.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia sem comentário

Hoje é 10 de junho. O Dia da Felicidade Alheia se aproxima e eu vou olhar os casaisinhos felizes e aplaudí-los. Na realidade, dias 1o e 12 de junho são muito importantes pra mim. Marcam duas datas ue vivi apenas duas vezes e, sinceramente, não sei se vou e quero que se repitam: em 10 de junho passado foi o dia em que comecei a namorar, e, por conseguinte, dia 12, foi o dia em que passei ao lado de algué especial. Mas passou. E eu fiquei com a lembrança de como é ter alguém para passar o dia dos namorados. Este ano, tudo está normal, e eu vou passar sozinho.
Só que, por outro lado, dia 12 de junho é só mais uma data. Vi um comentário consolador na internet, e por isso não estou dando muita importância a esta data ultrarromântica. Vejam bem, dia da Árvore, nunca passei com uma árvore, dia do Índio nunca passei com um índio, dia de finados nunca passei com um defunto, e no dia dos namorados não vai ser diferente. Além do que, todo mundo sabe que um Amor em má hora pode comprometer uma carreira. Então, sou da pinião de que é bem mais ponderável as pessoas se dedicarem a estudos e trabalho antes de pensar em se apaixonar. Não, não é filosofia de mal-amado, é realismo puro mesmo.
Bem, mas pra quem tem um Amor, não o deixe escapar e, se possível, mantenha o lado profissional e o Amoroso em harmoia. Quanto a quem não têm ninguém, bem, um dia esse alguém chega, ou volta. Mas isso não significa que a gente tenha que passar o dia dos namorados com um

domingo, 5 de junho de 2011

Apimentar


Conversando com uma pessoa (que a mim é muito íntima) sobre o universo materialista e individualista, chegamos à conclusão que as duas melhores coisas deste mundo são o chocolate e o sexo, nesta mesma ordem.
Se você tiver de escolher entre um e outro, escolha sempre o chocolate. Sim, porque, em primeiro lugar, é você que come ele, e não o contrário; depois, ele não vai virar pro outro lado, dormir e roncar. Caso você seja uma pessoa desavisada e preferir sexo a chocolate... sinto muito, mas vê se na próxima aprende. Já se você for uma pessoa privilegiada e puder ficar com os dois, meu conselho é que comece com o chocolate, vá para o sexo, não espere que o corpo ronque, dispense-o e volte ao chocolate. Sinto muito, mas vivemos em uma sociedade consumista, materialista, individualista e jamais dispense qualquer contato de sua lista: um dia pode faltar chocolate.
Balela que chocolate engorda. Na verdade a realidade é bem esta mesma, mas, e daí? Como li em um texto, cujo autor não me vem à mente agora, "todo avião têm pneus". Sexo queima tudo, vá lá, faça e deu. Se a pessoa que você escolher não for exatamente o seu par perfeito, não desanime, ela poderia atrapalhar sua carreira caso vocês se apaixonassem. Depois, o chocolate consola.
E não seja mais um desses tipinhos ignorantes e preconceituosos que existem por aí: preto, ou branco, não importa. Contendo cacau é o que vale. Se preferir varie um pouco, incremente com umas bobagenzinhas, tipo castanha, amendoim, licor... Só jamais fique sem. O chocolate, claro.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Seres Humanos e outros bichos

O tempo passa rápido. Às vezes até mais veloz do que meu preparo aguenta. Mesmo assim, eu corro feito um insano pra não deixar que ele passe e eu não o consiga acompanhar. É cansativo, mas penso que vale a pena.
Hoje é um dia daqueles, sabe, meio pesado, sem sentido. Faz frio, desliguei a estufa há pouco, vi televisão, fiz faxina, li... dormi e continuo sem encontrar muito sentido para as coisas. Eu sou um ser humano, isso é bom, ora me incomoda. Só de pensar que pertenço à mesma espécie que muito políticos, sinto vergonha. Se bem que quem deveria sentir vergonha são eles, mas, vejam só, pelo contrário, eles não estão nem aí para os Seres humanos que os elegeram. Se bem que não eram tão humanos os seres que os elegeram nas urnas. Seres humanos deveriam ter cérebro. Ei, eu tenho cérebro e hoje estou meio confuso, sem saber o que pensar, meio sem rumo. Ao menos não fiz nenhuma caca. Não que eu me lembre. Aquele vinho que eu tomei no jantar estava uma delícia. Na falta de uma companhia agradável, nada que um vinho de paladar agradável não dê jeito.
Outra coisa que me revolta são os programas da TV aberta. Cada novela idiota e eu, mais idiota ainda, parei pra assistir duas delas. Quando ia começar a terceira, não resisti e desliguei a televisão. Sinal de que eu ainda estou lúcido.
Neste final de semana, um amigo me deu o seguinte conselho: Não se comporte bem, pois os bons meninos vão para o céu, enquanto que os maus vão para aonde quiserem. Bem, isso me causou surpresa, pois veio dele, logo ele, que sempre me pareceu a pessoa mais ajuizada do mundo. Ontem conversei com ele e ele me garantiu que não se comportou bem em nenhum momento este final de semana. Aí meu queixo terminou de cair. Acho que são estas coisas que me têm me deixado meio confuso hoje. Porque vejam bem: a gente aprende que deve falar sempre a verdade, que devemos ser coerentes com nossos sentimentos e não escondê-los, que mentir é feio e machuca as pessoas e blá blá blá. Tudo teoria. Na prática, é justamente o oposto. Nem sempre, mas na maioria das vezes. Porcaria de Convenção Social. Se bem que não seríamos nada sem as Convenções Sociais.
Eu consegui não falar nenhum palavrão e escrevi um monte, revoltado. Ah, uma barra de chocolate aqui comigo...