domingo, 30 de dezembro de 2012
Crescer
sábado, 20 de outubro de 2012
Em algum lugar
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
23 anos
sábado, 30 de junho de 2012
Dentinho lindo
sexta-feira, 8 de junho de 2012
12 de junho
Deste seleto grupo, fazem parte poucos que são os mais importantes da minha vida. Meus poucos amigos - pirados, surtados, parceiros, engraçados, que me fazem rir quando penso surto e penso que o fim do mundo acabou com a barra de chocolate -, minha família maluca, de tradição italiana, que come bem, fala alto, ri muito e chora pouco, além de jogar baralho, me proteger, brigar comigo, dizer que eu sou muito novo pra isso e muito velho para aquilo, e que sempre está do meu lado quando preciso de qualquer coisa. Sem contar na minha faculdade, que toma grande parte do meu tempo, e na qual eu aprendi sentindo na pele o que significa ser auto-didata.
Bem, eu não sei o que seria de mim se uma vírgula do que vivi estivesse fora do lugar em que foi colocada. Eu me sentia e me sinto um pouco estranho, às vezes, por não estar namorando na idade que estou. Todo mundo que eu conheço e que é normal, que teve ou tem a minha idade, namora, já namorou ou está em vias de. Eu também namorei. Uma única vez. E fui do céu ao inferno, sem escala no limbo. Senti a adrenalina do início, dos primeiros encontros, de não ter o que dizer, de tentar encontrar qualidades em mim pra poder ressaltar, tentando esquecer os defeitos, fiz planos, sonhei, fui cuidado, cuidei, me entreguei, até que tudo acabou e eu fiquei querendo mais. E eu desejei tudo de novo, mas as coisas não aconteceram segundo meus planos e este é o segundo 12 de junho que eu passo solteiro, depois do término do meu curto namoro.
Eu li alguns apelos na internet que, ainda que de brincadeira, senti um fundo de verdade e desespero, do tipo Alugo-me para o dia dos namorados. Tiro foto, beijo na boca e digo que amo. É engraçado, fofo e convidativo, até. Mas me parece meio vazio e eu não tive coragem de compartilhar no meu facebook. Porque eu não sou uma simples peça exposta em uma loja de fantasia. Eu não me alugo, não tenho preço e minha companhia não é contabilizada por horas. Eu me doaria, deixaria que me levasse, diria sim se fosse de meu agrado. E o meu preço seria minhas próprias pernas tremendo, meu coração quase saltando boca afora, minhas mãos suando e eu tremendo por completo, como que em um orgasmo antecipado. Não tenho manual de instruções, mas se não souber me usar, me devolva pra mim mesmo. Se, por ventura, me estragar, eu me conserto, basta um tempo em repouso, e tudo volta a ser como era antes. Não exatamente igual, mas um pouco mais resistente é bem provável.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Indomados
domingo, 20 de maio de 2012
Eu mereço
quarta-feira, 16 de maio de 2012
À moda antiga
Isso faz eu me lembrar das vezes, quando eu era criança e morava no sítio, e morria de medo de perereca. Sim, perereca. Uma espécie de perereca eu tenho medo, já a outra, não gosto mesmo. Voltando ao assunto, eu detestava a ideia de dividir o mesmo mundo com as verdinhas. Elas eram tão repugnantes, frias e assustadoras que eu imaginava terem vindo de outro planeta - o Planeta das pererecas -. Só que as danadinhas, volta e meia, apareciam no banheiro e queria disputar território comigo. Era eu ligar o chuveiro e pegar o sabonete pra logo avistar aquele monstro grudado a uma das paredes geladas. Impossível ser indiferente diante de tão abominável monstro que me observava em momento tão íntimo. Como eu não era louco pra aceitar passivamente aquelas situações - que não foram poucas -, eu berrava e logo minha mãe vinha em meu socorro. Até o dia em que ela cansou e disse que eu já era mocinho e estava em tempo de eu cuidar sozinho da perereca. Então, para evitar dissabores e tendo em vista que aquele espaço era pequeno de mais pra mim e pra perereca, tomei a atitude mais sábia e a que considerei mais cabível naquele momento, que foi a de deixar o banheiro todinho pra ela e tomar banho no tanque da lavanderia por alguns dias, até que ela tomasse o rumo dela e fosse desbravar outras paredes azulejadas.
Hoje eu cresci e, comigo, cresceu também o medo de anfíbios, repteis e afins. E eu continuo de mau- humor.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
A parte do prato
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Crônica da saudade
Porque sentimos falta de alguém que sequer ocupou o lugar mais importante ao nosso lado. Não é uma pergunta, não. É uma afirmação para tentar justificar o injustificável que é o vazio, o buraco ou a cratera que há ao lado de quem sofre pela ausência de um amor que se foi, ou pela saudade de um que jamais existiu.
É difícil admitir, mas sinto uma certa ponta de inveja das pessoas que tem um amor e que são correspondidas. Não acredito em inveja boa ou ruim, apenas creio que existe o sentimento de olhar para a felicidade alheia e querer algo parecido pra si. Uma inveja que não é bem inveja, mas uma fonte de inspiração, talvez. A segurança de ter alguém e sentir-se amado é sonho que parece cada vez mais distante, não importa quão nobres sejam nossos sentimentos. O que de concreto existe é a realidade, comum a muitos, e que faz questão de mostrar-se toda vez em que o calendário aponta uma data especial, seja Páscoa, dia dos namorados, Natal... Ou até mesmo as datas que não foram previstas ou assinaladas por ninguém, apenas aqueles momentos particulares, em que não há ninguém pra compartilhar a alegria de uma conquista ou a dor de um – ou de mais um – fracasso. Pior ainda é não ter ninguém sequer para ouvir uma música e reviver um momento que ficou na lembrança.
A gente se faz passar por forte quando na verdade se borra de medo. Engolimos a seco um dissabor da mesma forma que tomaríamos um suco de laranja gelado em um dia de calor, enquanto que nossa real e única vontade é cuspir tudo e sair correndo pros braços de alguém que nos passe segurança. Alguns “quase que sortudos” – acho que me enquadro neste seleto grupo – têm a sorte de poder contar com pais, ou amigos, ou quem quer que seja, capaz de dar esta força. Mas não é de amor fraternal apenas que precisamos a partir de certa fase da vida. É de pele, química, carne, corpo e, principalmente, coração. Onde você está?
sábado, 28 de janeiro de 2012
Carpe diem
Hoje pela manhã, acordei bem cedo com uma invejável disposição para caminhar na beira-mar. E foi o que fiz: Tomei banho, uma vitamina e saí, bem cedo, umas nove da madrugada.