sábado, 31 de dezembro de 2011

Tudo novo

Hoje é o último dia de 2011. O último dia de um ano maravilhoso, que eu termino solteiro. Mas isso é detalhe. Um detalhe importante, mas, ainda assim, detalhe. Sobre ele, falo em seguida.
Foram 365 dias maravilhosos, ao menos pra mim. Ri, chorei, conheci pessoas novas e me tornei amigo de algumas delas, reatei outras, conservei várias. Tive decepções, algumas pessoas me desapontaram. E eu também decepcionei alguém. Como eu sei disso? Bem, considerando que eu sou um ser humano, é óbvio que não pude agradar a todos.
Ganhei presentes, senti saudades, estou na faculdade, tomei porres, comprei roupas, fui assaltado - não poderia deixar de falar -, não consegui cumprir todas as metas de 2011. Fiz tudo isso e, ainda assim, termino o ano, solteiro. Mas não estou triste. Sei que o Amor da minha vida está por aí, em algum lugar e, na hora certa, irá aparecer. Amorzinho, iuhuuuu, cadê vocêê. 'Ai se eu te pego, ai, ai se eu te pego' - a música é medonha, mas se encaixa bem com o contexto.
Mas 2012 está aí. Aí, não, aqui, porque faltam apenas horas. E eu sinto um frio na barriga muito gostoso, tamanha é a ansiedade.
Bem, então, não posso me despedir, sem antes desejar um excelente 2012 a todos nós!
Beijos!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Surpresa!!



Estou estressado. Eu tenho a péssima mania de sonhar com coisas que só existem na minha cabeça. As pessoas são todas iguais. Tem diferenças, óbvio. Alguns são japoneses, outros italianos, alguns africanos, uma parte é turca e a outra é sem graça. E meio à tanta diferença, eu permaneço solteiro, loiro e desbocado. Não que ser solteiro, loiro ou desbocado seja defeito. O problema talvez exista em ser os três ao mesmo tempo.



Acho que eu devo pagar com a língua - no bom sentido, claro. Eu não consigo perder uma piada. Se tiver de escolher entre um relacionamento e uma piada, acho que fico com a segunda opção. É involuntário, eu não sei o que acontece comigo em alguns momentos. Não que eu tenha alguma coisa contra alguém. É óbvio que eu não vou com a cara de algumas pessoas, e imagino que elas devam me esculachar pelas costas, então penso ser muito digno fazer o mesmo com elas. Talvez eu pegue pesado demais às vezes, e Alguém lá em cima pode não gostar muito das minhas atitudes pouco ortodóxas. Tudo bem que eu não perdoe apenas inimigos. Eu sou consciente de que rio de pessoas que nunca vi na vida, sem conhecer suas histórias, dramas ou momentos, mas não é motivo pra pegar tão pesado com o meu castigo. Ou é? Já basta este aviso de atualização que aparece na tela do meu computador a cada 10 minutos dizendo que preciso reiniciar.



Ops, eu pensei reiniciar? Talvez seja isso que me falte: um apertão na tecla reset. Ui, ui... apertar o botão sugere ideias (brincadeira, parei, sério).



Eu comecei este texo porque estava estressado com as pessoas que são todas iguais e não me surpreendem. E agora, fica a pergunta: eu surpreendo alguém ou sou apenas mais um? Às vezes, não apenas ser notado é importante, como também a forma de apresentação. A embalagem, capa, embrulho, enfim, cada um chame como quiser pode ser simples, não tem problema. Só precisa ser de bom gosto, da mesma forma como o conteúdo tem de ser interessante.



Não que este seja o meu caso, no momento. Mas não leve por surpresa se alguém bater à sua porta de roupão, sem nada por baixo. A maneira de interpretar também conta.



domingo, 18 de dezembro de 2011

O sorriso do "Cara"



Hoje eu me surpreendi com um sorriso. Mas não foi um sorriso qualquer. Foi O Sorriso. A pessoa que o expressava era a última que eu imaginei que tivesse essa capacidade.



Não foi de ninguém importante - ou foi, a essa altura não sei de mais nada. Resumindo, já havia cruzado várias vezes com este Cara, que de tão sério nunca cheirou nem fedeu. Mas aconteceu que tropecei sem querer com ele e, sem querer, descobri seu nome. Uma vez que o facebook existe, digitei seu nome e eis que abro o álbum de um cara que sorri em todas as fotos. Na única que não está sorrindo, está brincando com um bebê.



É banal, eu sei, e os sorrisos não eram nem pra mim. Mas é que isso me marcou de tal forma que não pude deixar pra relatar amanhã, apesar do cansaço que se abateu sobre meu corpo, depois de um longo dia de domingo em que não fui à praia. Foi uma surpresa boa. Um sorriso que eu jamais imagunei ver, juro. Pra mim, aquele rosto era inexpressivo, seco.



Eu me equivoquei, admito. De todos os equívocos que cometi, este foi o que mais me deixou feliz. Devo parecer retardado falando isso, mas é verdade. Adoro sorrisos, principalmente aqueles que vem de dentro, como parece ser o caso.



2011 está se encerrando e eu não tinha visto nenhum sorriso assim até então. Este ano está sendo ótimo, e este sorriso caiu do céu. Eu nunca vi um sorriso assim, como o sorriso do Cara.

sábado, 10 de dezembro de 2011

The power of goodbye

Há momentos em que eu invejo as plantas. Elas fazem fotossíntese, não precisam de ninguém. Eu, pelo menos, nunca ouvi dizer de uma árvore que precisasse de carinho ou que se sentisse sozinha. Ou - o que é pior -, se apaixonasse. Ou, por se sentir sozinha, tomasse uma garrafa de vinho, como é meu caso, hoje.


Nenhuma planta sai por aí comentando que sente saudade de um amor do passado. Se bem que, quanto a isso eu não tenho muito o que me queixar, já que faz algum tempo que parei de falar sobre as dores de um amor que se foi. Mas hoje é inevitável.


Tudo começou com um e-mail que eu mandei por engano. A intenção era mandá-lo a um grupo de colegas da faculdade, a respeito de um trabalho, só que, sem querer, entre um dos destinatários, estava o meu ex-amor. Nomes iguais, e na hora de encaminhar, nao prestei atenção no que estava fazendo e enviei. Só me dei por conta quando fui me certificar de que havia mandado a todos os envolvidos - que eu tenho essa mania. Quase caí de costas, mas me reergui. Entretanto, não pude evitar passar o restante do dia relembrando fatos vividos, e que foram inesquecíveis. Porém, a partir de um determinado ponto, relembrar também faz sofrer. Sofrer pelo que se foi e não volta mais; sofrer por não haver nada o que fazer para viver tudo, outra vez; sofrer pelo ponto final. E é nessas horas que se faz necessário relembrar, também, dos momentos de crise. Dos defeitos que o ex-amor tinha, do seu egoísmo, da sua falta de sensibilidade, da sua arrogância, do seu ar de superioridade. Na verdade, nem sei se esses defeitos existiram, mas tento encaixá-los. Se sonhar com coisas boas é ilusão, talvez essa ilusão de que foi melhor assim também mereça ser considerada.


Sei lá. Essa garrafa de vinho me deixou confuso. Agora, sinto uma voz sussurar, dizendo que isso foi necessário pra que eu conhecesse o amor, bem como o poder do adeus.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Um, dois, três, dez...




Ser humano é um bicho chato. Fala sério, como gostamos de complicar as coisas. Eu, por exemplo, sou expert em me meter em enrascadas e ter de suar frio pra conseguir sair delas. Tenho uma capacidade incrível pra fazer tsunami com pouco mais de meio copo d'água. Um exemplo são as provas da faculdade. Tudo bem que é meio puxado, mas se levar tudo di-rei-ti-nho, estudando todos os conteúdos, um de cada vez, em um esforço mínimo diário, não precisaria estar surtando no final do semestre.




Bem, quando digo que estou surtando, não é exagero, podem acreditar. Esses dias, depois de estudar muito, decidi dormir. Estava estendendo o edredon quando senti uma vontade louca de rir. Tive de parar tudo e sentar na cama, esperando que a crise passasse. Foi horrível. Se rir rejuvenesce, voltei aos meus 14, só naquela noite. Dias depois, entrei no banheiro, me olhei no espelho e me dei conta de que precisava fazer a sobrancelha. E o que eu fiz? Passei espuma de barbear nas taturanas e por pouco não dizimo meus pobres pelinhos com o barbeador. Ainda que me dei por conta antes de que o pior acontecesse. Nesta semana fiquei lendo uns artigos até altas horas da madrugada e, juro, estava tendo a sensação de que estava tendo um terremoto, todas as coisas se mexiam na minha frente - eu não estou vendo coisas, é que tenho astigmatismo, e quando forço demais a visão, parece que todas as coisas estão boiando.




Faltam duas semanas para o final do semestre, e eu me sinto já acabado. São provas, trabalhos, notas finais, não sei com o que me preocupar primeiro mas, ainda assim, ontem, me senti sozinho. Daria tudo pra ouvir um Eu te amo. Então, como um retardado, fui pra frente do espelho, me olhei bem fundo, e disse a mim mesmo: Eu te amo, estou contigo e vamos superar juntos esta fase. E fui dormir comigo mesmo.