Eu acredito que cada um, em determinado momento, encontrará uma resposta que se encaixe com a atual fase por que está passando. No meu caso, as conclusões a que cheguei foram as seguintes:
Primeiro, acho que vida é o que acontece no intervalo entre a nosso primeiro e último momento de existência; entretanto, não consegui definir se a vida tem início no momento da fecundação ou mais adiante, e se ela termina quando perdemos a consciência ou quando não há meios de fazer nosso coração bater. Depois, conclui que a cada dia que vivemos é um dia que estamos mais longes do nosso início e um dia mais próximos do fim. Então, percebi que talvez os mistérios se escondam nesse intervalo entre início e fim. Cada dia que passa não é só um dia a menos de vida, mas é um dia mais perto de conhecer Paris, terminar a faculdade, ter um filho, construir uma família, viajar pelo mundo, aprender a dançar, tocar piano ou nadar. Talvez esse dia a menos que pode nos causar medo do fim, seja um dia a menos de conhecermos o amor da nossa vida, de ganhar na loteria, ou - por que não? -, de cicatrizar uma ferida. Esses dias, uma amiga me disse que leu em algum lugar que eu não lembro nesse momento, uma pesquisa que dizia que o tempo que levamos para esquecer um amor é de aproximadamente cinco anos. Se é verdade, eu não sei, só sei que pode ser uma esperança aos que tiveram seu coração partido em algum momento. Das duas uma: ou falta um dia a menos para o amor mal-curado voltar, ou um dia a menos para que seja esquecido de vez! E, pra quem estava desesperançoso que esse dia pudesse não chegar, em vida, quem sabe é a tábua de salvação que faltava para acreditar que vai ser possível viver outros amores e perceber que o fim não é tão ruim como se imaginava. Sem melancolias, mágoas ou ressentimentos, esse dia pode estar próximo, ainda mais se levarmos em conta a velocidade com que eles passam...
Por último, concluí que por mais próximos do fim cheguemos, há milhares de coisas mais próximas do que ele. Quem sabe, seja só acreditar...